Mais de 30 milhões de brasileiros podem ter direito à cidadania italiana e estão deixando essa oportunidade passar.
Essa é a estimativa da Embaixada da Itália em Brasília, que leva em consideração o número de pessoas que se enquadram nas regras dispostas no artigo 1º da Lei nº 91/92, trecho da legislação italiana que estabelece as regras sobre a questão.
O motivo para que tanta gente por aqui tenha respaldo legal para conquistar o sonho do passaporte europeu está no histórico da imigração italiana.
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No fim do século 19, o Brasil atravessava um período de falta de mão-de-obra no setor agrário. A Itália, por sua vez, passava por uma grave crise social ocasionada por um processo de industrialização mal planejado. Com o crescimento desenfreado das áreas urbanas ao norte do país, muitos agricultores da região se viram incapazes de garantir o próprio sustento.
Com incentivo de ambos os governos, as famílias italianas começaram a deixar suas casas e embarcar para terras brasileiras. Os primeiros imigrantes foram instalados em colônias na Serra Gaúcha e arredores. Contudo, não demorou muito para que o fluxo de novos moradores vindos da Itália fosse grande o bastante para que outras comunidades precisassem ser fundadas.
Com o passar dos anos, os italianos foram instalados em cidades como Caxias do Sul, Criciúma, Paranaguá e Curitiba. Como eram especializados no trabalho agrícola, muitos partiram para as fazendas de café em São Paulo e Minas Gerais, que estavam em franca expansão na época.
Entre os imigrantes, o clima generalizado era de esperança com a perspectiva de ter uma vida melhor. No entanto, mesmo com o otimismo sendo um estímulo poderoso, as condições de todo o processo de migração eram muito difíceis.
As viagens eram longas, podendo se estender até um mês e meio de duração. Os italianos eram alocados na terceira classe dos navios, onde não havia conforto e nem comida o suficiente. As condições de higiene nos barcos também eram precárias.
As famílias só descobriram em que colônia iriam viver quando chegavam ao Brasil. Muitas das regiões em que essas comunidades foram criadas ainda não eram municípios organizados, nem ofereciam o mínimo de infraestrutura.
Com todas essas adversidades, vários italianos acabaram perdendo o contato com os parentes que ficaram na terra natal. Quando seus filhos e netos começaram a nascer em cidades brasileiras, muitos cartórios “abrasileiraram” as grafias dos sobrenomes originais, dificultando os encontros das próximas gerações com suas raízes.
O resultado dessa longa trajetória de distância e separação é um grupo composto por milhões de pessoas que podem ter direito de ter cidadania italiana, mesmo que nem saibam disso.
Como descobrir se tenho cidadania italiana?
Pela legislação italiana, não existe limite de gerações para o direito à cidadania. Portanto, a princípio, basta investigar sua árvore genealógica e localizar possíveis antepassados italianos.
A partir disso, é necessário reunir uma lista de documentos que comprovem seu vínculo com o ascendente e o país. A documentação precisa ser traduzida por um tradutor juramentado e depois apostilada.
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A burocracia é um desafio que faz com que muita gente se desanime e desista da ideia da cidadania.
Hoje, no entanto, existem algumas soluções que facilitam esse processo. A principal delas é contar com o apoio de uma assessoria especializada no assunto, que vai analisar seu caso e oferecer todo o suporte necessário.
Uma das grandes referências nesse tipo de serviço é o Instituto Cidadania Italiana, com sede em Curitiba. Além de orientar e tirar dúvidas, a organização também oferece auxílio na busca dos documentos exigidos. Não adie mais a possibilidade de morar, trabalhar e estudar na Europa. Clique aqui e solicite a ajuda do Instituto Cidadania Italiana.