Silvana Pampu e Marcelo Veras para Instituto Connect
Estar inserido em contextos extremamente voláteis, com decisões diárias e desafios inimagináveis tem sido a rotina da liderança. Aliado a isso, o desafio de assegurar as atividades táticas e operacionais do time com o business acumen, o olhar visionário de construir o amanhã.
A pandemia colocou à prova alguns líderes, que tiveram sua agenda absorvida na rotina do “hoje”, assegurando o negócio do curto prazo, mitigando os impactos da crise e equilibrando os desejos e necessidades dos stakeholders. Um líder ambidestro, porém, vai além: não apenas move a si nesse contexto complexo entre os resultados do hoje e amanhã, assim como move e inspira seu time a fazer o mesmo de forma natural. Já deve ter presenciado cenas e comentários de paradoxos do tipo “quer que eu inove, mas só tenho tempo de resolver problemas ou ainda “quer que pense em novos modelos de negócios, mas preciso bater as metas do final do mês”, entre outros comentários que circulam o cotidiano corporativo, porém os contorna com inteligência.
O termo ambidestria, que originalmente remete à competência de ter habilidades com ambas partes do corpo, direita e esquerda, tomou nova repercussão e adentrou a linguagem corporativa em meados de 2004, em artigos publicados pela Harvard Business Review e pelo MIT Sloan Review. No Brasil, vem tomando relevância e algumas instituições se destacam por estarem encabeçando o movimento. Entre elas está a Inova Business School, que lançou esse ano uma Jornada de Desenvolvimento, que conta com participantes mundiais, como Ram Charan, e nacionais, como Luis Rasquila (que escreveu esse ano para o MIT) e Marcelo Veras (que publicou na revista HSM em julho deste ano).
Equilíbrio de resultados
Segundo Marcelo Veras, uma organização ambidestra é aquela que sabe como manter sob atenção os resultados de curto prazo e, ao mesmo tempo, consegue fazer os movimentos necessários para preparar a organização para o futuro de maneira harmoniosa com os stakeholders da gestão, da propriedade e do conselho consultivo.
No programa promovido pela Inova Business School, a liderança passa a ser protagonista nas óticas elencadas abaixo:
1. Uma compreensão clara e inequívoca do que está por vir: o futuro do mundo, o futuro da economia, do capitalismo, dos negócios, das empresas e do trabalho;
2. Um entendimento claro do que significa ser uma organização ambidestra, que sabe como manter os resultados de curto prazo bons e sob a maior atenção, e que consegue fazer os movimentos necessários para preparar a organização para o futuro;
3. Como iniciar a jornada de transformação, partindo da coesão entre propriedade, gestão e conselho e permeando toda a organização, através da sua cultura;
4. Quais são as ferramentas e ações práticas a serem implementadas para se criar uma organização ambidestra.
Aumente seu Repertório
Nesta terça-feira, dia 28 de setembro, o Instituto Connect promove um encontro sobre Ambidestria Corporativa e contará com a participação do Marcelo Veras, CEO da Inova Business School, e a moderação da Silvana Pampu, founder do Instituto Connect. A inscrição para esse encontro é gratuita e pode ser realizada no site do Instituto Connect.
Articulações de parcerias e eventos como esse promovem conexões e debates que fomentam o ecossistema e enriquecem as trocas com os membros da Confraria de Executivos e outros interessados. Trazer à tona como as grandes lideranças estão tratando os temas, envolvendo seus times e stakeholders nas retomadas de mercado e expansão, inspiram e robustecem as trocas.
Além da temática relevante, os participantes contam ainda com a possibilidade de ampliar seu networking com um time de gestores ávidos pelas trocas, conexões e filosofia de lifelong learning.
A Confraria
A Confraria do Desenvolvimento, promovida pelo Instituto Connect, é um espaço para conexão de executivos de vários segmentos, estados e países, onde é possível evoluir co-criando trilhas de aprendizagens e caminhando em uma jornada de networking, experiências e responsabilidade social.