Tudo o que fazemos nessa existência, fazemos em busca de um resultado, seja esse material ou imaterial.
Por vezes, pessoas buscam resultados tangíveis: lucro, riqueza, bens, etc. Por vezes, pessoas buscam resultados intangíveis: cooperação, integridade, inclusão, segurança, etc.
Essa é a distinção entre valores meio (tangíveis e provisórios) e valores fim (intangíveis e perenes). Os primeiros são provisórios porque "pertencem" ao indivíduo/equipe, que são finitos. Os outros são perenes porque são parte da essência da espécie e, portanto, até que a raça por aqui permaneça, serão eternos.
E como isso se desdobra em uma empresa?
Primeiro, vamos eliminar o termo "empresa", por razões óbvias. Empresas e instituições não geram resultados por si, mas seus membros em atuação coletiva. Ao mesmo tempo, vamos atribuir a devida responsabilidade pelos resultados aos líderes das empresas e instituições por uma razão simples: eles têm um enorme grau de influência na cultura da organização, seja ela qual for.
Daí haver uma correlação direta entre liderança e resultados; e uma necessidade tremenda dos líderes conhecerem os resultados que almejam, o papel de cada um no processo e a orquestração desse conjunto de indivíduos cujos interesses podem ser diferentes, mas que devem ter um ponto em comum: os resultados (tangíveis e intangíveis) da organização.
No entanto, os líderes também devem conhecer os objetivos de cada membro de sua equipe de forma a identificar o ponto de interseção entre os objetivos da organização e os objetivos de cada empreendedor interno (atenção para esse termo) e os passos para transformar a liderança e um grande provedor de resultados.
Primeiro passo
O primeiro passo para quem quer transformar liderança em resultados é garantir que tem ciência dos resultados esperados e que tais resultados estão claros para todos os empreendedores internos. Acredite, mas uma grande maioria dos líderes têm espaço para saber mais sobre os resultados esperados a serem atingidos em nome da companhia.
Pergunte-se a si mesmo ou faça essa pergunta a líderes da empresa na qual você trabalha: QUAL É O RESULTADO ESPERADO A SER ATINGIDO PELA COMPANHIA ATÉ DEZEMBRO DE 2022?
Você terá uma (ou várias) surpresas. A primeira é que você mesmo pode ter dúvidas quando a isso. Talvez você tenha uma ideia do resultado esperado, mas como líder, você tem que ter clareza e especificidade dessa meta. E você perceberá que sua própria equipe não tem dominio dessa meta, o que fará com que cada um procure fazer o seu melhor dentro daquilo que acha que sabe, quando o grande resultado advém na medida em que todos fazem o seu melhor alinhados por uma mesma visão e mesma missão (acabei de citar os primeiros termos referentes a cultura organizacional).
Vamos chamar esse primeiro passo de LIDERANÇA
Segundo passo
O segundo passo é apoiar os empreendedores internos a definirem com clareza os caminhos (estratégias) e passos (planos de ação - 5w2h) para ir em busca dos resultados desejados em função do cenário estabelecido.
Tal cenário deverá observar o ambiente externo - PESTAL: político, econômico, social, tecnológico ambiental e legal - e o ambiente interno - clima, cultura, valores, que serão usados para dar significado às análises feitas do ambiente externo.
Nesse momento, um observador treinado consegue perceber se aquele coletivo de indivíduos performa mais pela dor ou pelo prazer e se suas formas de pensar identificam mais as oportunidades ou as ameaças. Nesse momento, estamos assinalando a importância de identificar o modelo mental e os padrões emocionais da companhia, isto é, de seus líderes.
A esse segundo passo chamaremos de ESTRATÉGIA
Terceiro passo
O mais delicado, pois se distingue dos dois primeiro no seguinte aspecto: enquanto os dois primeiros são eventos, o terceiro é processo.
E é no processo que as pessoas se cansam, se aborrecem, se desgastam e desistem.
E esse terceiro passo vamos chamar de GESTÃO, que compõe os ritos gerenciais, os processos internos e a forma como pessoas irão lidar com seus modelos mentais e padrões emocionais, misturados com os aspectos políticos presentes em todas as organizações e os interesses de cada um e do todo.
Esses três passos - Liderança, Estratégia e Gestão - procuram simplificar um mundo extremamente complexo das organizações atuais sem torná-lo simplório, pois esses três elementos devem ser compreendidos dentro, inicialmente, da própria liderança, ou seja, líderes devem ser ajudados a saberem os seus próprios elementos de liderança, estratégia e gestão. E temos muitos motivos para acreditar que uma grande maioria dos líderes não têm clareza e especificidade acerca desses temas.
E o que difere os líderes que têm essa clareza e os que não a tem?
Você pode perceber que os líderes que detém essa clareza procuram enxergar o tempo e o espaço com seus próprios olhos E com outros olhos para elevar a perspectiva e ampliar seu grau de consciência acerca da realidade, que difere de sua interpretação do mundo.
Os líderes que não detém essa clareza costumam estar presos na pior das masmorras: suas próprias mentes, ceifados pela autossuficiência, uma escolha mortal para um futuro profícuo.
Marco Aurélio, o último dos cinco imperadores da Pax Romana, teve, ao longo de sua vida, 15 mentores declarados, fora sua crença maior nos deuses.
Steve Jobs teve alguns mentores, dentre eles, Bill Campbell. E inspirou vários outros líderes como Bill Gates, Tim Cook, Elon Musk. A lista seria extensa.
Finalizando, a liderança não é uma posição solitária, a não ser que o líder assim determine. Ela define os resultados de uma empresa para melhor quanto melhor trabalha sua musculatura intelectual (modelo mental), sua musculatura emocional (padrão emocional) e o faz por meio do apoio de mentores que atuam como organizadores da mente de seus mentorados, organizadores das emoções de seus mentorados, para que estes, os mentorados, possam tomar as melhores decisões em busca dos resultados esperados.
A liderança é solitária?
Essa é uma das afirmações que recorrentemente ouvimos em diferentes fóruns e estágios de liderança, afirma Silvana Pampu, founder do Instituto Connect e que está trazendo o Luiz Binato para uma roda de conversas. Inscrição no site do Instituto, seja para essa palestra ou para se tornar um membro da Confraria,
Confraria por si só ao longo da história, já foi um “local” e um “meio” utilizado para trocas e é esse o intuito da Confraria de Executivos, idealizado para que fomente trocas, gere novos insights sob diversas problemáticas e que possibilite ampliar o repertório dos participantes.
Há tantos problemas corriqueiros ou mais complexos, que através da jornada de outro profissional suaviza a dimensão, e aporta com novas perspectivas a cerca do assunto. Vivenciar essa inteligência coletiva é o que nos traz valor ao dia a dia.
E você, de que forma tem ampliado a sua visão de mundo? Questionado suas verdades? E tendo conexões de valor?
*Assinatura de rodapé
A Confraria do Desenvolvimento, promovida pelo Instituto Connect, é um espaço para conexão de executivos de vários segmentos, estados e países, trata-se de uma comunidade de aprendizagens e caminhando em uma jornada de networking, experiências e impacto social.