Talvez você não saiba como responder esta pergunta. ” Me pegou de surpresa. Nunca pensei sobre isso. Criar felicidade para quem?”, podem ser as suas respostas iniciais. Pode ser também que a sua primeira reação seja pensar se a sua empresa cria felicidade em você mesmo, seja você um colaborador ou o próprio empreendedor.
Espero que este primeiro parágrafo tenha gerado algum incômodo. Falo assim, porque vejo o incômodo como algo motivador, que pode nos fazer tomar atitudes, abrir a mente, mudar as perspectivas sobre determinado assunto, ou simplesmente olhar além da ponta do nosso nariz.
Não fiz nenhuma pesquisa, mas arrisco dizer aqui que as empresas criam pouca felicidade em todos os seus níveis de relacionamento – empresários/acionistas, colaboradores, clientes, fornecedores e sociedade. Ou quando criam, a felicidade de um público acaba sendo gerada muitas vezes a partir da tristeza de outro.
Felicidade não é utopia, é mudança de mentalidade
Para mim, criar felicidade é uma escolha, simples assim. Mas é impossível agradar a todos, você pode imaginar. Sim, eu sei que a felicidade pode ser uma sensação subjetiva muitas vezes, mas quando uma empresa escolhe que ela quer criar felicidade para todos os seus públicos, então esta escolha vira um “valor corporativo”, de tal maneira que irá dirigir todas as atitudes dela, inclusive para reverter situações em que a empresa certamente irá aborrecer um cliente ou colaborador, por exemplo. Não se engane, não tem utopia e nem fórmula mágica aqui, mas sim um chamado para uma mudança de mentalidade e de perspectiva, uma abertura para um aprendizado diário e prático sobre relacionamento e uma busca de um sentido maior para aquilo que nós fazemos todos os dias em nossas empresas, também chamado de propósito.
Quer entender melhor o que significa criar felicidade? Sugiro a leitura do livro “O jeito Disney de encantar os clientes”. Tive a oportunidade de vivenciar recentemente o significado disso e tenho usado a Disney como case sobre como uma empresa pode fazer relacionamento com clientes e colaboradores por uma nova perspectiva, sem esquecer de que falamos também de negócios e de que não existe empresa perfeita, claro, nem a Disney.
Mas reconhecer as imperfeições e erros, inclusive, ajuda a criar um ambiente de maior segurança e satisfação para todos na busca por melhorias.
Felicidade como diferencial competitivo
De acordo com um estudo da Gallup, empresa global de pesquisas de engajamento e com carteira de clientes de diversos segmentos, apresenta os resultados da sua última pesquisa, na qual empresas com funcionários felizes têm 50% menos acidentes laborais. Já uma pesquisa da Harvard Business Review revelou que colaboradores satisfeitos são 31% mais produtivos
O relatório apresenta o ranking de felicidade entre as 146 nações pesquisadas. A Finlândia ocupa a primeira posição e já mantém esse posto pelo quinto ano consecutivo, seguida por Dinamarca, Islândia, Suíça e Holanda. O Brasil caiu 9 pontos e ocupa a 38ª posição. O mais estranho que possa parecer, os brasileiros se destacam pela taxa de otimismo, que mesmo em situações adversas é superior que outros países e se destaca na américa latina.
A pesquisa traz ainda insights importantes a cerca de benevolência, proposito, solidariedade, ou seja, houve um aumento de 25% de ações de voluntariado nas empresas, as quais tem utilizado desse programa para engajar seus times, gerar proximidade, conectar as pessoas em seus propósitos pessoais ao proposito da empresa em fazer a diferença na sociedade.
Propósito e Legado
Discussões sobre Proposito e Legado vem ganhando força na última década, e acelerado nesse momento da pandemia e reflexões pós pandemia. Uma vez que cada um interiorizou reflexões a cerca da sua vida, sua profissão, descobriu amores, hobbies e se questionou se proposito no mundo.
Para contribuir com essa reflexão o Instituto Connect promoveu uma roda de conversas com a Susan Alberttoni, Founder da Mentors Academy e membro da Confraria de Executivos. O qual com maestria conduziu um encontro trazendo metodologias oriundas de seus estudos de teoria U, Andragogia, Coaching etc e que cunharam a forma com que tem ajudado aos profissionais despertarem seu propósito.
Como diz a Susan, ninguém cria o propósito... Ele se apresenta a você, uma vez que já existe e que apenas tomou ciência.
Uma frase marcante é que
“Proposito torna viável o impossível”
É a forma com que coloca a serviço seu talento, suas paixões, seus valores e sua busca pessoal.
Sobre Márcio Oliveira
Cofundador da Quid Si Consultoria em CX e Relacionamento, colunista, palestrante, conselheiro consultivo e mentor de startups.
A Confraria do Desenvolvimento
A Confraria do Desenvolvimento, promovida pelo Instituto Connect (hiperlink: https://institutoconnect.org.br/), é um espaço para conexão de executivos de vários segmentos, estados e países, trata-se de uma comunidade de aprendizagens e caminhando em uma jornada de networking, experiências e impacto social.