![Economia – vamos refletir as correlações e oportunidades? Economia – vamos refletir as correlações e oportunidades?](https://media.gazetadopovo.com.br/2022/09/23133643/destaque-960x540.jpg)
Muito tem se discutido ultimamente sobre os principais impactos inesperados em nossa economia e em âmbito mundial. Eu vou discorrer sobre alguns dos principais pontos para os nossos leitores terem uma fácil compreensão destes impactos e ajudar a cada um de nós nos preparar para os cenários futuros.
Podemos iniciar com a Covid – há 2 anos tinha-se que escrever Covid-19, SARS-CoV-2, Vírus da Pandemia etc – hoje, somente Covid, e é neste ponto que inicio uma abordagem de fácil interpretação na linguagem aos leitores, eu vou discorrer os temas de forma concisa e simples, o que sempre facilita muito a interpretação de qualquer artigo. Muito bem, voltando o Covid, que foi uma das maiores pandemias que temos relato na história que até o momento matou 6 milhões de habitantes (mas a OMS estima que este número esteja em 15 milhões), ficando próximo da Gripe Espanhola que matou entre 1918 e 1920 aproximadamente 40 milhões de pessoas e também da Peste Negra (Peste Bubônica) que vitimizou em torno de 200 milhões de pessoas (estima-se que foi letal para metade da população europeia entre 1347 e 1353. Não por acaso, coloque as 2 pandemias em ordem decrescente de data, pois assim notamos que no passado a fatalidade era brutalmente maior e o tempo de erradicação do vírus muito maior.
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Contudo gostaria de salientar que nestes últimos séculos vemos algo em comum entre todas estas doenças, são elas: Falta saneamento básico e higiene, estrutura de saúde precária e, sobretudo, falta de informação (ou desinformação). Notem que este último ponto é tão relevante quanto os outros, pois o país que tem a maior taxa de mortes do Covid é os Estados Unidos, que é a maior economia mundial e tem uma infraestrutura de saúde e saneamento básico de elevado nível, contudo, a população (em massa) carece de conscientização adequada sobre a letalidade deste vírus. Provavelmente se perguntassem a nós, há 2 anos, qual seria o país que teria mais êxito no combate à esta (ou qualquer outra pandemia), todos nos responderíamos EUA, mas a realidade nos mostra um cenário completamente contrário.
Por que falamos tanto nesta doença se o tema é economia? É bem simples, o estreito relacionamento destas doenças com toda cadeia econômica do planeta, se formos lembrar bem, nestes 2 últimos anos houve diversos lockdown em praticamente todos os países do globo, levando à uma redução drástica da produção bem como de consumo, levando vários países às crises econômico/financeiras que poderão levar anos para se recuperarem. Para nós refletirmos juntos, o país que originou este vírus (China) foi um dos que mais rápido se recuperou (e está crescendo) e não teve tanta fatalidade (percentualmente à população), quanto outros países desenvolvidos como a Itália por exemplo. Conseguimos observar que a economia mundial sobre vários impactos como redução da produção, aumento do desemprego, crises financeiras de diversas empresas e instituições, retardo no processo de ensino (vários estudantes fora da sala de aula) etc.
Agora, chegando mais perto do nosso momento atual, estamos assistindo uma guerra, que mesmo sendo somente entre 2 países, movimentou toda a economia mundial numa velocidade impressionante. A guerra da Rússia contra a Ucrânia, que para muitos, é simplesmente infundada, teve, está tendo e ainda terá mais impactos econômicos para todo o globo. Não vou abordar os motivos deste conflito bélico, mas sim, comentar suas consequências econômicas para todos nós. Curiosamente, este envolvimento das economias mundiais num conflito regional, teve origem no pós-guerra da II Guerra Mundial, onde tivemos o fortalecimento (e estreitamento) de relacionamento comercial, bélico, produtivo, cultural de diversos países do mundo, onde notamos que foi desenvolvido uma cadeia de produção mundial.
Este movie O leitor deve estar se perguntando, isto é bom ou mal? Na verdade, são os dois. É muito bom quando tudo está funcionando e é muito ruim quando não está. Explico um pouco mais. Hoje, o Brasil é um dos maiores exportadores de sementes do mundo, certo? Sim. Mas quase todo o fertilizante que utilizamos são oriundos da Rússia e, levando em conta o bloqueio internacional que vários países querem impor à Rússia, bem como com as transações financeiras, isto impacta diretamente me nosso setor de produção agrícola. Deixando nossos produtos mais caros e menos competitivos, tanto no cenário interno quanto no externo. Este é somente um exemplo de como conflitos localizados em outro lado do planeta, impacta diretamente em nossa economia (e no resto do mundo também).
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Abordamos alguns temas que impactaram em nossa economia no passado, e vamos abordar um tema que está no futuro, e bem próximo. As eleições que teremos no próximo mês para Deputados Estaduais e Federais, Governadores e Presidente da República. Nosso país ainda está sofrendo as consequências dos 2 primeiros temas que abordamos (Covid e Guerra da Ucrânia), que são fatores, inclusive internacionais e com prazo indefinido para serem finalizados, contudo, este outro tema – eleições brasileiras – já é bem mais claro e definido. Como economista, não vou nem opinar nem julgar se é melhor ir para a direita ou para a esquerda, mas vou me ater aos seus reflexos em nosso dia a dia econômico.
Estamos vivenciando uma “parada” ou redução forte nos investimentos e aplicação de esforços em nosso país, no aguardo do resultado da eleição, isto deixa, ainda, mais frágil nossa economia interna e perante as outras economias mundiais. Infelizmente, me nosso país, devido a instabilidade política (e judiciária), sofremos periodicamente um arrefecimento de nossa economia devido estas incertezas, com isto, deixamos de aumentar nossa produção, gerar empregos, definir diretrizes econômico-financeiras para o país, sobretudo de longo prazo, investir internamente e participar mais ativamente da economia mundial, estreitando nossos lanços com países mais desenvolvidos e consolidar parceira fortes.
Note que falamos de política, sem falarmos de candidatos, isto eleva o nível de análise de uma conjuntura e cenários para nós cidadãos além da discussão sobre este ou aquele candidato, bem porque, a situação atual não diverge muito da eleição passada e das anteriores, mas o que pode divergir é o nível de informação que os eleitores terão ao votar no próximo mês. De qualquer forma, muitos brasileiros vêm isto com um problema, mas se formos ampliar nosso horizonte de análise, é um problema “bom” porque estamos numa democracia e temos o direito (e obrigação) de podermos votar. Situação esta que em alguns países do mundo não é válida, infelizmente. Seja qual for o vencedor no próximo mês, temos que apoiá-lo a transformar nosso Brasil num país, mais justo, equalitário e desenvolvido, aliás como toda nação democrática deve fazê-lo.
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Nestas poucas linhas, passamos todos por alguns pontos, que impactaram em nossa economia, cultura, estrutura, saúde etc. O que podemos extrair de soluções que outros países tomaram para se proteger destes impactos e continuar crescendo e se desenvolvendo? Em linhas gerais são diversos fatores, dependendo do país, tamanho, região, recursos naturais etc.
Educação uma forte alavanca para democratizar nosso nível de consciência?
Mas um fator é preponderante e presente em todas as nações desenvolvidas, a educação. Ela é a base para se desenvolver o cidadão, que é a pedra fundamental para qualquer nação. Temos que ter políticas consistente e duradouras no Brasil para elevar nosso nível educacional, erradicar o analfabetismo e nos colocar em posição de destaque no cenário mundial em educação e cultura. Para não tornar extenso esta abordagem, vou citar somente uma pequena (mas importante) região do planeta, os países nórdicos, onde o estudo é basicamente (quase na totalidade) público e de alto nível. Inclusive, para que o adolescente não deixe de cursar o nível superior (faculdade) o estado provém um incentivo financeiro ao cidadão, para continuar estudando ao invés de ter que ir ao mercado de trabalho. O que resulta isto? Países com alto nível educacional, economia forte e próspera, zero analfabetismo, em suma, uma sociedade exemplar para todos nós.
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Sobre o autor: Eduardo Anelli é Economista, Contador, Conselheiro do CORECON-PR, perito Econômico, participante de comissões do IBGC e IBEF-PR e CFO.
Artigo redigido em 18/09/2022
A Confraria do Desenvolvimento, promovida pelo Instituto Connect, é um espaço para conexão de executivos de vários segmentos, estados e países, trata-se de uma comunidade de aprendizagens e caminhando em uma jornada de networking, experiências e impacto social.