Usar a tecnologia para resolver problemas do dia a dia. Pode parecer uma solução óbvia, mas para identificar, desenvolver e implementar processos digitais é preciso que a empresa tenha uma cultura digital estabelecida. Esse é o caminho seguro para que uma empresa passe por uma transformação digital capaz de exponencializar seus negócios e prepará-la para os desafios atuais e do futuro.
Alexandre Thomaz, que é diretor no Brasil da Globant, unicórnio argentino da área de serviços digitais, explica que são quatro os pilares para uma empresa ser digital: a experiência, a tecnologia, a informação e o processo. “Fazem parte dessa transformação a otimização de processos, a melhoria na experiência do cliente e a gestão estratégica de dados. Mas também a implantação de uma nova cultura, mais ágil e eficiente, e o engajamento de pessoas”, pontua.
No caso da Globant, ele explica que a empresa de 18 anos já nasceu digital, com foco em apoiar jornadas de transformações digitais. “Fomos o primeiro parceiro selecionado pelo Google, em 2006, e desde então estamos inseridos no Vale do silício, o que foi fundamental para a cultura e DNA da empresa”, explica. “Temos a missão de transformar a indústria de serviços. Para isso, baseamos nossa atuação em três pilares, que são a implementação de estúdios modelos com especialistas, a formação de equipes ágeis multidisciplinares e a incorporação de inteligência artificial nos nossos processos”, detalha.
Negócio tradicional x negócio com cultura digital
Entre as diferenças do modelo tradicional para o modelo digital, Thomaz cita que, no primeiro, são observadas características como controle, medo do erro, avaliações anuais de performance, liderança centralizada, horário de trabalho rígido e tecnologia como uma unidade separada. “Já em uma empresa com cultura digital, observamos a colaboração e a autonomia, mindset inovador, avaliações de performance frequentes, flexibilidade e a tecnologia como unidade central.”
O processo de transformação digital, Thomaz explica, possui um tempo de amadurecimento, que pode levar mais de 36 meses. “Podemos falar em ondas de transformação digital. As empresas iniciantes começam definindo sua visão digital (6 a 12 meses), depois o digital passa a ser uma prioridade (12 a 24 meses), então o digital passa a fazer parte da cultura (depois de 24 meses), para então, estabelecer uma capacidade coletiva em inovar e guiar os valores pelo digital (depois de 36 meses).”
Metodologia Globant
Com o papel de ajudar empresas a implementar transformações digitais de impacto, a metodologia da Globant já foi responsável por cases de sucesso de empresas de todo o mundo, como os parques da Disney, a Polícia de Londres, Coca-Cola, Unilever, entre dezenas de outros.
Thomaz explica que o processo de aceleração, em geral, passa por quatro fases, que incluem a definição das estratégias e objetivos digitais, a fase de ideação, com mapeamento e priorização; a fase de cocriação, com a definição de um roadmap com as inciativas de maior impacto e o desenvolvimento, que é a suporte e execução da transformação digital.
Outro diferencial do processo da Globant, é o que eles chamam de crosspolinização, que é a capacidade de trazer tecnologias de um cliente para outro, o que vem trazendo resultados muitas vezes inesperados. “Temos, por exemplo, o caso da magic band, uma pulseira digital desenvolvida para automatizar pagamento e serviços nos parques da Disney, que depois foi adaptada para postos de gasolina, facilitar o trabalho de frentistas.”
Fomentar debates sobre diversas temáticas e trazer cases inspiradores tem sido um dos objetivos da Confraria de desenvolvimento. Discutir temas de Inovação, Transformação Digital, liderança etc sob a ótica de grandes executivos que vivenciam as dificuldades e alegrias dessa jornada de implementação, comenta Silvana Pampu Founder do Instituto Connect idealizado para exponencializar conexões de valor.
Sobre a Confraria do Desenvolvimento
A Confraria do Desenvolvimento, promovida pelo Instituto Connect é um espaço para conexão de executivos de vários segmentos, estados e países, onde é possível evoluir cocriando trilhas de aprendizagens e caminhando em uma jornada de networking, experiências e responsabilidade social.