A maioria das pessoas sabe o que faz um psicólogo — ou ao menos tem uma noção básica do assunto. Muitos até já se consultaram com um. O mesmo acontece com a neurologia: mesmo quem nunca pisou numa faculdade de medicina entende que essa é a especialidade que cuida do sistema nervoso. Porém, um número bem menor de pessoas conhece a neuropsicologia.
Mesmo assim, fazer um curso de neuropsicologia clínica e se especializar nessa área é uma ótima opção de carreira para quem se graduou em psicologia. Afinal, essa é uma área que não para de crescer, na medida em que mais pessoas conhecem a sua utilidade.
A neuropsicologia estabelece relações entre a neurologia e a psicologia, além de aproveitar conhecimentos de vários outros campos científicos, como a psiquiatria, a terapia ocupacional, a fonoaudiologia e a pedagogia. O profissional que se especializa em neuropsicologia também trabalha bastante em parceria com colegas dessas áreas — indicando e recebendo indicações de pacientes.
Então, se você se interessa por essa área, é importante estar disposto a aprofundar e expandir seus conhecimentos. Um curso de neuropsicologia clínica, que dura cerca de dois anos, pode ser bastante desafiador — mas os resultados compensam, como você verá a seguir.
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O que faz a neuropsicologia clínica?
Como dito, a neuropsicologia clínica combina conhecimentos da psicologia e neurologia, bem como de outras áreas. A ideia é trazer uma visão mais ampla sobre as queixas dos pacientes — que podem ser relacionadas a problemas emocionais e comportamentais, mais comuns na psicologia, mas também podem estar ligadas a questões cerebrais ou funcionais. Dificuldades de aprendizado, déficit de atenção e senilidade em idosos são bons exemplos disso.
Então, diferente de uma abordagem de terapia, como a Terapia Cognitivo-Comportamental, a neuropsicologia é uma especialidade da psicologia. Ela foi reconhecida oficialmente como tal pelo CFP (Conselho Federal de Psicologia) em 2007. Portanto, os profissionais precisam ter habilitação para atuar na área, com um curso de especialização.
A professora Luana Breda, que coordena, em parceria com a professora Luíza Cury Muller, o curso de neuropsicologia clínica do IPTC – Instituto Paranaense de Terapias Cognitivas, tem anos de experiência na área. Ela relata que teve um breve contato com a neuropsicologia na graduação, quando seu curso era um dos poucos do Brasil que tinha uma cadeira sobre ela na grade curricular. A partir disso, nasceu uma paixão instantânea e o interesse pela especialização em neuropsicologia — feita no próprio IPTC.
Ao longo da carreira como neuropsicóloga e professora, Luana pode observar o crescimento do interesse pela área — e do entendimento sobre o que ela faz. Cada vez mais pessoas, tanto profissionais, quanto leigas, entendem que o neuropsicólogo é indispensável na avaliação e no tratamento de uma série de condições de saúde. Assim, eles complementam o trabalho de psicólogos, psiquiatras, neurologistas e outros profissionais.
Isso porque, como explica a professora Luana Breda, a neuropsicologia se diferencia por sua abordagem integral e aprofundada das queixas dos pacientes. Na avaliação neuropsicológica, todas as possibilidades envolvendo o cérebro, emoções e comportamento, bem como fatores ambientais são consideradas. "A gente tem sintomas que podem ser causados por diversas razões", conta Luana.
Um exemplo clássico é a desatenção, comumente atribuída ao TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). A professora explica que tal sintoma pode existir em transtornos de humor (como depressão e ansiedade), em transtornos de comportamento, assim como pode estar ligado a fatores ambientais — como a falta de motivação e estresse. Uma boa avaliação neuropsicológica vai investigar todas essas possibilidades antes de sugerir uma solução.
Além disso, a área tem um foco especial em pessoas que desenvolveram ou nasceram com um comprometimento funcional — seja por lesões cerebrais ou disfunções neurocognitivas. Além do já mencionado TDAH, problemas como autismo, dificuldades de aprendizagem, deficiências cognitivas, demência, doenças de Parkinson e Alzheimer podem ser avaliados e tratados com o auxílio de um neuropsicólogo.
A avaliação e a reabilitação neuropsicológica
Como explicamos, o trabalho (e o curso) de neuropsicologia clínica usam conhecimentos de várias áreas e incluem uma gama bastante ampla de assuntos. Mas de todo esse arcabouço, a professora Luana Breda destaca uma questão essencial: a avaliação neuropsicológica.
O processo começa com uma boa entrevista de anamnese, na qual o profissional vai procurar entender não apenas os motivos que levaram o paciente ao consultório, mas também como eles se aplicam ao dia a dia e os prejuízos que causam. Para complementar essa entrevista, seguem-se os testes — de inteligência, habilidades, desenvolvimento e vários outros tipos, de acordo com os sintomas. Aliás, alguns profissionais de outras áreas ainda acreditam que um neuropsicólogo apenas aplica testes, mas essa é só uma parte da avaliação.
"O desafio, então, é integrar todas as informações para fazer uma boa análise do meu sujeito", resume Luana Breda. Ela compara a avaliação neuropsicológica a um processo investigativo e salienta que ele é indispensável para um bom tratamento.
Sabendo qual é a causa dos problemas do paciente, é possível buscar soluções, que incluem o encaminhamento para outros profissionais — psicólogos, terapeutas ocupacionais, médicos ou fonoaudiólogos, por exemplo —, mas também envolvem a reabilitação neuropsicológica.
A professora Luana, que fala sobre a profissão de forma apaixonada, destaca que cada passo dos pacientes no processo de reabilitação é comemorado. Uma pessoa com autismo severo que consegue olhar nos olhos, uma pessoa disléxica que consegue ler uma frase, alguém que tem comprometimento nas funções motoras e volta a amarrar os sapatos…
"A neuropsicologia me trouxe um olhar para a individualidade. Ela me possibilita olhar para a pessoa, para o que ela realmente tem necessidade e procurar maneiras de auxiliá-la", conta Luana.
Neuropsicologia: uma área profissional em franco crescimento
Luana Breda, coordenadora do curso de neuropsicologia clínica do IPTC – Instituto Paranaense de Terapias Cognitivas, afirma que a neuropsicologia está ganhando espaço de maneira muito intensa nos últimos anos. "Quando eu comecei na prática da neuropsicologia, aqui em Curitiba, a gente tinha poucos profissionais atuantes, de forma tímida", conta. Mas esse cenário mudou muito, com uma demanda cada vez maior pelas avaliações e reabilitação neuropsicológica.
Até mesmo os encaminhamentos de pacientes, que costumavam ser direcionados aos testes, agora já vem com pedidos completos — que demonstram um entendimento maior do papel do neuropsicólogo nos tratamentos.
Como explica Luana, o curso de neuropsicologia clínica do IPTC traz olhares importantes para todas as faixas de desenvolvimento, da criança à pessoa idosa. Além disso, traz embasamento para lidar com os principais parâmetros cognitivos — atenção, linguagem, memória, cognição social, inteligência, funcionamento executivo, aspectos emocionais —, além de permitir fazer as correlações destes parâmetros com os principais transtornos. Isso pode incluir transtornos do desenvolvimento, psiquiátricos, comportamentais e até neurocognitivos, como a demência.
Além da grade curricular bem construída, Luana Breda destaca também a estrutura oferecida pelo IPTC aos alunos-psicólogos — que inclui os principais testes psicométricos, além de aulas práticas com pacientes que não têm condições de pagar. Esse é um benefício para o profissional em formação, caso ele ainda não tenha a própria clientela, além de um serviço para a comunidade.
Com tudo isso, os profissionais formados no curso de neuropsicologia clínica do IPTC saem da instituição muito bem preparados para fazer avaliações detalhadas e trazer melhorias na qualidade de vida para muitos pacientes.
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