A tríade cognitiva é um conceito que faz parte da TCC e ajuda no acompanhamento de quadros emocionais| Foto: Shutterstock
  • Por IPTC - Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva
  • 22/06/2023 10:59
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Se você deseja se especializar na terapia cognitiva comportamental (TCC) e ampliar as possibilidades de atuação na psicologia clínica, é importante entender o que é a tríade cognitiva e como ela poderá ajudar nos atendimentos.

Afinal, essa é uma das bases mais importantes da TCC e dominá-la permitirá lidar com os pensamentos automáticos dos pacientes, construindo um suporte robusto de transformação e intervenção para as sessões.

O que é a terapia cognitiva comportamental?

A terapia cognitivo comportamental trabalha no paciente a forma como ele pensa, sente e vê um fato desconfortável, doloroso, sofrido, incômodo ou triste de sua vida.

Para isso, a TCC utiliza conceitos do Behaviorismo e as teorias cognitivas para entender melhor como a pessoa interpreta os acontecimentos do mundo ao seu redor e como eles conseguem afetá-la.

O que é a tríade cognitiva?

A tríade cognitiva é um dos conceitos inseridos no conceito geral do modelo de TCC, proposto por Aaron Beck, para entender melhor e orientar a terapêutica dos quadros depressivos.

Podemos entender a tríade como a representação das três perspectivas subjacentes à construção dos pensamentos automáticos dos pacientes e ao estabelecimento das distorções cognitivas diversas, presentes no decorrer da vida.

Esses três grandes pilares são: a visão que o indivíduo tem de si, do outro ou do mundo e do futuro. Esses são os três principais pontos que iniciarão a reconstrução cognitiva dos seus pacientes.

Visão de si

Representa o autoconceito do paciente e envolve questões como: há aspectos negativos nesta autovisão? E positivos? Quais são os pensamentos automáticos negativos e crenças da visão de si? Quais distorções cognitivas estão presentes? O paciente consegue entender o quanto a visão de si impacta na sua vida?

Visão do mundo ou do outro

Diz respeito à forma como o paciente interpreta as situações e como pensa que os outros o avaliam. Ele deseja agradar a todos? Ele pensa que as pessoas são egoístas ou difíceis de tratar? Ele desiste facilmente perante as primeiras dificuldades? O mundo é perigoso? Qual impacto causa na vida dele esse pensar? Como ele age em relação a sua visão de mundo? Como ele valida tais pensamentos?

Visão do futuro

Por fim, esse pilar refere-se ao modo como o indivíduo se vê daqui a algumas semanas, meses ou anos. Ele acha possível que as coisas melhorem? Ele acredita poder mudar algo? Ele conseguirá suportar o que o mundo parece reservar? Se não, há estimativa de tempo para isso?  Qual a comparação entre a visão do presente e do futuro do paciente?

Como a tríade cognitiva funciona

Existem tríades formuladas para a depressão, a ansiedade e a raiva. Por meio da tríade, o terapeuta consegue perceber e orientar como as sensações e expectativa agem como uma mola propulsora dos comportamentos depressivos, por exemplo.

No caso da depressão, o sentimento negativo em relação ao futuro alimenta a desesperança, a visão do mundo como excessivamente complexo, o desânimo, e a percepção de si como sendo de alguma forma inferior aos outros, a baixa autoestima. As outras tríades funcionam de forma semelhante, somente variando em relação aos conteúdos.

Por isso, é fundamental para o terapeuta conhecer a tríade cognitiva e como ela age, para entender melhor os pensamentos disfuncionais responsáveis por comprometer a saúde mental dos pacientes e poder direcionar o tratamento.

Como usar a tríade cognitiva nas sessões?

A tríade cognitiva ajuda no acompanhamento de quadros depressivos e de ansiedade| Foto: Foto: Shutterstock

Uma vez entendido como a tríade funciona e quais pensamentos automáticos e pressupostos negativos são demonstrados pelo indivíduo em relação a si, ao mundo e ao futuro, você conseguirá ajudar seus pacientes a partir de uma conceitualização cognitiva do caso.

Outros elementos importantes são as experiências de vida que podem ter dado origem a uma tríade disfuncional e quais foram os gatilhos que desencadeiam os transtornos emocionais atuais.

Tríades funcionais, mais adaptadas à realidade do indivíduo, são fontes de resiliência ao stress.

Tríade cognitiva da depressão

A depressão é um dos transtornos psicológicos que podem ser acompanhados com ajuda da tríade cognitiva negativa. Essa perspectiva amplifica o olhar e escuta do terapeuta, além de orientar suas técnicas aplicadas nas sessões. Ela também pode ser utilizada para auxiliar o paciente no reconhecimento dos seus pensamentos automáticos.

Segundo Aaron Beck, há padrões diferentes de conteúdo das cognições em cada pilar responsável por evocar pensamentos automáticos e eles, por sua vez, são armados por diversos esquemas. Essas cognições, se forem disfuncionais, quando ativadas são responsáveis por gerar emoções e sentimentos negativos, como solidão, medo e culpa.

Tríade cognitiva da ansiedade

Assim como a tríade ajuda na compreensão dos quadros depressivos, ela também é indicada para acompanhar quadros de ansiedade. Neles, o paciente se vê como frágil ou sem recursos, o mundo como perigoso e o futuro como incerto. Muitos pacientes levam para as sessões seus medos e suas dificuldades de se adaptar às suas expectativas sobre o futuro e seus riscos.

Especificando melhor: nesse caso, a tríade disfuncional cognitiva está atuante porque no pilar da visão de si mesmo o paciente se enxerga vulnerável, percebendo o mundo como local perigoso e o futuro repleto de armadilhas. Quanto mais graves as consequências, maior a possibilidade da ocorrência e proximidade no tempo, maior se torna o grau de ansiedade do paciente.

Especialização em terapia cognitiva comportamental

A Tríade Cognitiva é parte da TCC e dominá-la é fundamental para quem faz uso dessa abordagem terapêutica com os pacientes que sofrem de diferentes transtornos psicológicos.

No IPTC, você pode fazer especialização em TCC e conhecer melhor a tríade cognitiva. O curso é voltado para a prática, com atualização contínua dos conteúdos, professores mestres e doutores em suas áreas de atuação e muitas atividades práticas supervisionadas.

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