Os valores atuais promovem a equidade de gênero para levar mulheres adiante na ocupação de espaços que eram majoritariamente masculinos. No entanto, a diferença entre cargos mais altos ocupados por homens e mulheres ainda é grande.
Mesmo com o esforço empresarial e a aprovação de líderes femininas de destaque, o número de mulheres que ocupam cargos de liderança caiu de 39% para 38% em relação a 2021, segundo dados da pesquisa do Grant Thornton divulgada em março deste ano.
A seguir, vamos ver a contribuição da liderança feminina para as estratégias de gestão.
Mulheres na liderança
Para qualquer empresa empenhada na questão da diversidade, é importante escalar mulheres em cargos altos dentro da hierarquia da organização. Há discrepâncias reais entre empresas que fazem publicidade a favor da pauta, porém não agem com efetividade ao construir suas lideranças, direções ou gerências com diversidade.
A partir da liderança feminina, mas não apenas dela, torna-se necessário construir uma ponte mais sólida para o avanço na pauta da diversidade e inclusão na agenda ESG (environmental, social and governance; em português: ambiental, social e governança).
Em sinais de recuperação após o cenário de queda durante a pandemia de COVID-19, o empreendedorismo feminino voltou a crescer no primeiro semestre de 2022. Quem revela os dados é o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), provando o poder da liderança feminina diante de empreendimentos geridos inteira ou majoritariamente por mulheres.
Veja algumas das melhores características da liderança feminina:
- Empatia: embora varie de pessoa para pessoa, de modo geral, as mulheres conseguem compreender melhor o lado humano dos envolvidos e geram uma liderança mais empática.
- Mudança: o estilo mais voltado para as pessoas gera forte capacidade comunicativa, flexível e persuasiva. Essas características favorecem a inovação e fazem o grupo gerido ficar mais focado nos objetivos.
- Liderança horizontal: a liderança feminina é propensa ao estilo onde debate e toma decisões de forma colaborativa, possibilitando que todos os envolvidos estejam juntos ou façam parte da situação.
A importância do ESG
O Lima Lopes, Cordella & Partners, fundado por uma mulher e com participação majoritária feminina, é certificado pelo WeConnect, como empresa de diversidade que possui qualidade para atender grandes corporações, um dos pilares do ESG.
Lucyanna Lima Lopes, sócia titular da empresa, defende a importância da diversidade e liderança feminina para obtenção do ESG, que ganhou enorme destaque nos últimos anos com o avanço de pautas sociais, ambientais e de governança.
A questão está tão em voga que grandes corporações vinculadas à We Connect Internacional têm um budget para utilizar com empresas de mulheres como métrica para o ESG.
Vamos compreender o que cada termo do ESG representa:
- Ambiental (environmental): representa a responsabilidade da empresa para cuidar do planeta por meio de iniciativas de preservação ambiental e redução de poluentes.
- Social: representa justamente o engajamento da empresa em questões de diversidade, equidade de gêneros e afins. Também trabalha para melhorar tais questões e até mesmo contribui para combatê-las na sociedade.
- Governança (governance): representa os aspectos corporativos que determinam a boa qualidade do ambiente de trabalho, seu comprometimento contra práticas como assédio, homofobia, corrupção, entre outras.
Os três itens do ESG contribuem não apenas para o avanço em busca da manutenção do meio-ambiente, do desenvolvimento da sociedade e do bem-estar dos colaboradores nas empresas. O ESG, na verdade, tornou-se um selo que atesta o compromisso das empresas e atrai olhares atenciosos dos investidores que estão fomentando a pauta da agenda dentro do mundo corporativo e das organizações.
Colaborou com o conteúdo desta matéria o Lima Lopes, Cordella & Partners.