A compra, venda ou fusão de empresas não é lugar comum no ramo dos negócios. O momento de tamanha importância necessita de uma assessoria capaz de lidar habilmente durante o processo M&A, além dos principais elementos que constituem o processo para evitar imbróglios futuros.
O que é M&A?
Os M&A (mergers and acquisitions) são operações financeiras realizadas entre empresas para fundi-las, desdobrá-las em novos negócios, visando o aumento dos lucros e da competitividade ou alteração da natureza do negócio.
As principais formas de fusão e aquisição são:
- Aquisição: quando ocorre a compra majoritária de uma empresa por outra.
- Cisão: quando a empresa se divide em duas ou mais empresas.
- Incorporação: quando uma organização absorve outra sem que haja alteração na pessoa jurídica do comprador.
Para compreender melhor alguns detalhes da venda e fusão de empresas, vamos abordá-los em tópicos separados.
Venda de empresa
Quando duas empresas fecham acordo para a aquisição entre si, o objetivo principal é que a empresa comprada fique sob o controle da compradora, assumindo suas obrigações, dividendos, direitos e lucros.
A empresa adquirida não precisa deixar de existir, mas será regida pela compradora e servirá aos propósitos da adquirente, seja como expansão dos negócios ou outra intenção. O processo de aquisição junto a uma boa assessoria jurídica ocorre pela compra de ativos ou compra de ações.
O que é valuation?
Valuation é a avaliação das empresas centrada no valor que determinado empreendimento possui, o que é fundamental para traçar estratégias ao longo do tempo. Além disso, a avaliação é necessária para que os processos M&A sejam eficientes.
O cálculo leva em conta o valor atual da empresa e o seu potencial valor no futuro, baseado na projeção de crescimento e no planejamento de estratégias para atingir os objetivos.
Os principais métodos de são o valuation por fluxo de caixa descontado (FCD) e valuation por comparação de múltiplos.
Fusão de empresa
O procedimento da fusão ocorre quando as empresas envolvidas se reorganizam, combinando diversas operações entre si. Geralmente, surge uma nova empresa e as empresas anteriores desaparecem.
Para exemplificar, podemos citar a LATAM, que surgiu após a fusão entre a companhia aérea chilena LAN e a brasileira TAM.
Os cinco tipos de fusões existentes são:
- Horizontal: empresas do mesmo segmento se fundem para buscar expansão no mercado e na área de atuação. Exemplo: HP e Compaq.
- Vertical: empresas de segmentos diferentes, mas complementares, que se fundem para aumentar a área de atuação na cadeia de produção. Exemplo: Santander Brasil e Hyundai.
- Conglomerado: empresas de segmentos diferentes e sem ligação são fundidas para aumentar as áreas de atuação. Exemplo: Grupo Safra.
- Extensão de mercado: empresas do mesmo segmento, mas com mercados diferenciados, fundem-se para alcançar uma base de clientes maior. Exemplo: LATAM.
- Extensão de produto (congenérica): empresas que operam no mesmo mercado com produtos diferentes ou complementares, que agrupam os produtos numa mesma linha e aumentam a base de clientes. Exemplo: Citi e Travellers Group.
O processo de fusão na prática segue a seguinte trilha: plano de execução > avaliação > valuation > tomada de decisão > negociação > due diligence > viabilidade jurídica > conclusão.
Vale ressaltar a importância de contratar uma assessoria jurídica especializada para acompanhar as negociações e diretrizes. Colaborou com o conteúdo desta matéria o Lima Lopes, Cordella & Partners.