A cicatrização da pele depende de um processo fisiológico que inicia com uma inflamação na lesão. Isso atrai células que colaboram com a formação de novos vasos sanguíneo, capazes de levar oxigênio até a ferida. E não só isso: nesse ‘transporte’, nutrientes também chegam ao machucado, de forma a recuperar a pele, criar colágeno e regenerá-la.
As propriedades mais importantes para esse processo acontecer são as proteínas, vitaminas e minerais. A geração de um novo tecido precisa de nutrientes específicos para ocorrer, que podem ser encontrados em alguns alimentos, sugeridos pelo MedPrev neste artigo.
No entanto, após iniciada, é importante controlar a inflamação. Ainda que seja natural que ela ocorra no processo de cicatrização, quando há produção excessiva de colágeno, ocorre a formação de quelóides - cicatrizes saltadas sobre a pele.
Ao pensar em uma dieta que colabora para a inflamação, também é necessário lembrar de alimentos com propriedades antioxidantes, capazes de controlá-la, de forma a manter o equilíbrio no organismo.
Alimentos para incluir na dieta
Quando se fala em proteínas, o primeiro alimento lembrado são as carnes magras (frango e cortes como patinho, filé mignon e coxão mole da carne vermelha, por exemplo). A proteina desses alimentos permite a formação de novos tecidos, e, além disso, contém aminoácidos e zinco, nutrientes capazes de estimular a produção de colágeno e a regeneração da pele. Com relação aos peixes, recomenda-se os mais gordurosos, como salmão, atum e sardinha. Eles são ricos em ômega-3, propriedade capaz de reduzir a inflamação e a formação de quelóides.
Também da família de carnes, o fígado é recomendado por ser uma das principais fontes de ferro, participante da formação de colágeno. Ovos também podem entrar na dieta, uma vez que, assim como o fígado, contêm vitamina K (boa para a coagulação) e vitamina A (estimula o crescimento das células da pele).
Feijão e lentilha também são alimentos ricos em proteínas e livres de colesterol. Acrescentá-los ao prato na hora de consumir carne equilibra os níveis nutricionais da refeição. Também fontes de ferro, essas leguminosas permitem que mais oxigênio seja levado até a ferida e contribua para a cicatrização. Neste grupo de alimentos, também se recomenda a ingestão de ervilha e grão-de-bico. Já a soja deve ser evitada, pois possui nutrientes que podem agravar a inflamação.
Com relação aos vegetais, a indicação é consumir os de folhas verde-escuras: brócolis, rúcula, espinafre e agrião, por exemplo. Esses alimentos são ricos em vitamina K e também em substâncias com propriedades anti-inflamatórias, necessárias para manter o processo de cicatrização equilibrado.
Finalmente, acrescentar sementes de linhaça, chia, abóbora ou girassol podem ajudar na regeneração da pele por combaterem a ação dos radicais livres no tecido. Elas também permitem a oxigenação da ferida. Para o aumento da produção de colágeno, também recomenda-se o consumo de oleaginosas, como nozes e castanhas, detentoras de zinco e propriedades anti-inflamatórias.
Consumo de frutas
Não se esqueça de incluir as frutas no cardápio! As cítricas combatem os dados produzidos pelos radicais livres, são antioxidantes e ricas em vitamina C, que colabora na absorção do ferro pelo corpo. Entre elas, estão laranja, kiwi, limão, maracujá, tangerina, abacaxi e acerola.
Já as frutas de cor roxa possuem antocianina, pigmento anti-inflamatório e antioxidante, que, como já dito, garantem que a pele se reconstrua no tempo exato. Açaí, uva e cereja entram na lista. Os vegetais arroxeados também possuem tal propriedade: repolho-roxo, berinjela e beterraba.
Por fim, o consumo de morango, amora, mirtilo e framboesa, as conhecidas frutas vermelhas, possuem flavonóides (substâncias que combatem a inflamação). Além disso, são capazes de proteger o sistema circulatório, facilitando a formação da pele nova.