Popular entre celebridades e influencers do mundo fitness, o jejum intermitente é uma das dietas da moda no momento. Como o nome sugere, a técnica consiste em estabelecer intervalos para ficar sem comer. Os períodos podem ser de algumas horas até mais de um dia.
Apesar da propaganda convincente de personalidades da mídia e das promessas de perdas massivas de peso em poucos meses, fica a dúvida: será que esse tipo de dieta restritiva realmente é eficiente? Afinal, o jejum intermitente faz bem ou mal para o organismo?
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Antes de mais nada: o que é o jejum intermitente?
Existem diversas formas de aplicar a estratégia do jejum intermitente. Em todas elas, a recomendação é dividir seu dia (ou mesmo a semana, no caso dos modelos mais restritivos) em janelas de alimentação - períodos em que a pessoa que entra nessa empreitada está autorizada a se alimentar.
Entre as janelas de alimentação, existem os períodos de jejum, que podem variar de 12 a alarmantes 36 horas. Na maior parte das modalidades dessa dieta, só líquidos sem açúcar são ingeridos nos intervalos sem alimentação.
O jejum intermitente é uma ideia que surgiu de uma perspectiva simplista sobre como funciona a perda de peso, baseada na compreensão de funções básicas do metabolismo. Se o organismo não recebe novos nutrientes, será obrigado a usar suas reservas energéticas. Assim, a perda de peso acelerada é inevitável.
O jejum intermitente faz mal à saúde?
Apesar das declarações dos criadores e entusiastas de dietas restritivas, o fato é que a maior parte de profissionais de saúde especialistas em reeducação alimentar e emagrecimento - como nutricionistas e médicos endocrinologistas - defendem que o jejum intermitente não é o mais recomendado para perder peso, e que pode, sim, ser prejudicial para o organismo.
Isso porque os quilos perdidos graças à privação alimentar representam, na verdade, uma considerável perda muscular. Nesse caso, os números no visor da balança até diminuem, mas, na prática, a pessoa não perdeu gordura nenhuma, apenas nutrientes importantes. Esse quadro tende a causar deficiência de vitaminas, o que pode, por sua vez, culminar em doenças graves.
Como se não bastasse, a ingestão de suplementos vitamínicos não supre tudo o que é perdido com a alimentação inadequada. Por isso, mesmo com o apoio de medicamentos do gênero, é comum que o indivíduo sinta desconfortos como tonturas, desmaios, cansaço extremo, falta de concentração, desidratação e câimbras.
Além disso, os quilos perdidos com o jejum intermitente voltam rapidamente com o chamado efeito sanfona. Isso acontece porque, com o passar do tempo, o organismo percebe que algo não vai bem e que suas reservas de energia estão sendo queimadas muito rapidamente. Então, desacelera o metabolismo, o que atrapalha o processo de perda de peso.
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