Quando as mulheres descobrem que estão grávidas, surgem algumas preocupações em relação ao convívio com animais de estimação. Especialmente em relação aos gatos e o risco de transmissão de doenças, como a toxoplasmose.
Na verdade, as chances de infecção por conviver com o animal são muito baixas e a doença é fácil de ser evitada. Entenda os riscos e os mitos sobre o assunto, e como a gestante pode evitar a doença.
O que é toxoplasmose?
Causada por um parasita chamado Toxoplasma gondii, esta doença é transmitida pelas fezes dos gatos, pela ingestão de carnes cruas ou mal passadas ou, até, pelo consumo de verduras e vegetais crus que estejam contaminados.
Quando uma grávida é contaminada, caso seja pela primeira vez, existe o risco de aborto ou que o bebe nasça com problemas congênitos. No entanto, caso ela já tenha tido contato com o parasita antes, o risco é praticamente inexistente.
Mitos e verdades
Apesar do medo comum de infecção de toxoplasmose pelos gatos, apenas 1% deles dissemina a doença. Os gatos são infectados caso, por exemplo, comam ou cacem outros animais infectados, como ratos e pássaros, expelindo os ovos da toxoplasmose (oocistos) com as fezes.
Mesmo assim, uma pessoa ou animal só é infectado caso tenha ingerido os oocistos que ficaram expostos a temperaturas acima de 36°C por mais de dois dias. Por isso, é mais comum que a doença seja contraída por consumo de carnes, do que pela convivência com gatos.
Leonan Filipe de Oliveira, médico veterinário do My Pet, explica que “os felinos são os hospedeiros definitivos no ciclo biológico do protozoário, ou seja, é preciso que o protozoário passe pelo sistema gastrointestinal dos gatos, sendo eliminados pelas fezes”. Segundo ele, a toxoplasmose é uma importante zoonose, mas a principal fonte de contaminação é a ingestão de água e alimentos contaminados, e não o contato com gatos.
“O simples contato com os gatinhos não transmite toxoplasmose, nem mordidas e arranhões. Gatos possuem o hábito de se limpar constantemente, então é pouco provável encontrarmos o protozoário nos pelos”, complementa.
Oliveira explica ainda que, infelizmente, por falta de informação sobre como acontece a infecção de toxoplasmose, é comum que famílias com gestantes abandonem seus gatos. “É importante lembrar que nem todo gato é portador da doença”, reforça o veterinário.
Cuidados para evitar o contágio de toxoplasmose
A principal atenção deve ser em relação à alimentação. Frutas e verduras devem ser sempre muito bem lavadas e carnes muito bem cozidas. Certifique-se de higienizar as mãos após contato com carnes cruas.
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Em relação aos gatos, evite entrar em contato com suas fezes, preferencialmente tendo outra pessoa que faça a limpeza diária da caixinha de areia. Mas, caso seja necessário que a própria gestante o faça, lavar bem as mãos é fundamental.
É importante cuidar também da alimentação do gato, deixando-o comer apenas rações. O ideal é evitar que o gato saia de casa, para que ele não tenha contato com o parasita quando não estiver sob supervisão.
De forma geral, cuide da sua saúde e da saúde do seu pet. “É imprescindível o acompanhamento veterinário, para garantirmos a saúde desse pet. Um gato saudável, com as vacinas e vermífugos em dia, e com uma boa alimentação, dificilmente será transmissor de alguma doença”, esclarece Oliveira.
Quando seu gato está protegido e bem alimentado, as chances de transmissão de toxoplasmose são muito baixas. Mantenha em dia as vacinas do seu pet e a higiene do ambiente, que não haverá motivos para não aproveitar a companhia dele.