Além de ser um parque com piscinas de água mineral, a Estância Ouro Fino conta com trilhas em meio à natureza.
Além de ser um parque com piscinas de água mineral, a Estância Ouro Fino conta com trilhas em meio à natureza.| Foto: Divulgação/Ouro Fino
  • Por Ouro Fino
  • 29/01/2021 14:40

Se você é adepto das caminhadas, certamente já se deparou com o termo hiking. Caracterizado pelo prazer de andar por trilhas em meio à natureza, o exercício é uma oportunidade para desfrutar das belezas naturais enquanto se pratica um exercício físico. Mas você sabia que existem sete trilhas no cinturão verde de mais de 6 milhões de metros quadrados da Estância Ouro Fino?

A Estância, que fica próxima a Curitiba e é conhecida principalmente pelas piscinas de água mineral, oferece trilhas ecológicas com diversos níveis de dificuldade. E o melhor, cada caminho tem uma história para contar e muito para ensinar.

Níveis de dificuldade

Ótima opção para conectar mente e corpo, além de auxiliar a diminuir o estresse e revigorar o físico, as caminhadas normalmente têm diversos níveis de dificuldade. Para servir como guia, a Ouro Fino segue a norma NBR 15505-2 da ABNT para Turismo com atividades de caminhada. É essa norma que avalia, por exemplo, a intensidade de esforço físico e a severidade do meio (dificuldades que podem ser encontradas durante o percurso).

Na estância, as trilhas são identificadas por cores. No meio do parque, há uma placa informando o nome da trilha, sua cor e a dificuldade de percurso. Na Ouro Fino, as trilhas seguem até o nível 3 (segundo a norma, as trilhas têm níveis do 1 ao 5). Durante todo o percurso, existem estacas para a pessoa saber qual caminho está percorrendo. Além disso, um pouco da flora local pode ser conhecida, já que muitas plantas têm placas indicativas.

Escolha a sua trilha

A trilha da Cascata dos Amores tem outra atração, que é a ponte dos cadeados, onde casais apaixonados deixam uma recordação.
A trilha da Cascata dos Amores tem outra atração, que é a ponte dos cadeados, onde casais apaixonados deixam uma recordação. | Divulgação/Ouro Fino

A Trilha das Araucárias é a mais curta de todas e identificada pela cor azul. Tem 450 metros de percurso e é considerada fácil. Portanto, uma oportunidade para quem quer apenas se conectar com a natureza. Aprecie as inúmeras araucárias, árvore símbolo do Paraná. Algumas são gigantescas. Nessa trilha, também há bancos para se sentar e observar a natureza.

A Trilha da Cascata, identificada pela cor laranja, é um pouco maior -- tem cerca de 1.050 metros de percurso. É uma caminhada fácil e, no final do percurso, há uma recompensa: a chegada à Cascata dos Amores. Na década de 1960, dona Dedé Mocellin, que cuidava da estância, criou o acesso ao local e disse que quem se banhasse ali, casaria em breve. Para abençoar quem visitava, ela colocou uma imagem de Santo Antônio. No momento, por causa da Covid, os banhos estão suspensos.

A lenda diz que quem se banhasse na cascata, casaria em breve.
A lenda diz que quem se banhasse na cascata, casaria em breve. | Divulgação/Ouro Fino

A Trilha do Índio, que é identificada pela cor roxa, tem 1.190 metros de distância e também é considerada de percurso leve. Nela, uma história enigmática chama a atenção. O percurso leva a uma imbuia centenária que é oca por dentro. Diz a lenda que antes da estância existir, ali vivia uma tribo indígena, sendo que um dos índios teria escolhido viver dentro da árvore para proteger as fontes das águas que, segundo eles, eram sagradas. Se seus olhos forem atentos, vai perceber que um dos lados da árvore lembra o perfil de um homem.

A grande árvore oca teria servido de moradia para um índio que queria proteger a fonte das águas.
A grande árvore oca teria servido de moradia para um índio que queria proteger a fonte das águas. | Divulgação/Ouro Fino

Na Estância Ouro Fino, há dois monjolos, máquina hidráulica rústica que, graças à força da água, faz a moagem de grãos, mas na estância são utilizados apenas como decoração. Essas peças dão nome à duas trilhas: a curta do monjolo (caracterizada pela cor branca) e a longa do monjolo (cor amarela). A primeira tem 620 metros e é considerada leve. A segunda tem 900 metros e tem nível 2 de esforço físico. Nesses caminhos, outra surpresa. No inicio da trilha curta do monjolo, há um espaço mantenedor de animais silvestres idealizado em parceria com o Ibama, que hoje em dia a parceria segue com o Instituto Água e Terra (IAT). Lá, é possível observar papagaios, periquitos-verde, arara-canindé, gavião-carijó, carcarás e macacos-prego.

Seguindo a aventura, para quem quer caminhar um pouco mais, há a Trilha das Ameixas (identificada pela cor rosa). São 1.830 metros de percurso de nível médio, que leva os visitantes até um mirante que dá vista para a estância e toda a empresa. Vale o esforço!

A trilha mais longa é a do Mirante, identificada pela cor vermelha. São 4.550 metros de percurso com nível 3 (médio), com terreno íngreme e alguns buracos. Essa trilha leva até o morro da Endoença, tendo no topo a vista de todo o distrito de Bateias.

Como as trilhas ficam dentro da estância, você pode contar com alguns recursos do próprio parque. Um mesmo ingresso inclui todas as atrações, o que inclui: playground, visita à Ponte do Leão, piscinas (no momento estão fechadas por causa da Covid), fontes, Capela Nossa Sra. da Luz, Gruta de Nossa Senhora, além de lanchonete e restaurante (que funciona nos finais de semana e nos dias de semana com reserva). As churrasqueiras são pagas à parte.

Quem quer se aventurar, deve saber que as trilhas podem ser escorregadias e, portanto, é melhor levar tênis ou botas especiais. Estar abastecido de água fresca é outra recomendação. Além disso, há a indicação para que os turistas depositem o lixo nas lixeiras e respeitem a flora e faunalocais. Por fim, recomenda-se que a alimentação seja feita antes do percurso e que nunca se ande desacompanhado pelas trilhas.

As entradas podem ser adquiridas em: https://www.aguasourofino.com.br/novidades