Nos últimos dois anos, a chegada da pandemia de Covid-19 acelerou consideravelmente a inovação em ecossistemas que precisaram se adaptar às novas realidades do trabalho remoto. Nesse ambiente de home-office, a cultura Open Source teve um papel fundamental para segurança de processos e celeridade de respostas. De acordo com uma pesquisa da Red Hat, líder global em soluções em código aberto, 89% dos líderes de TI acreditam que o código aberto é tão ou mais seguro do que alternativas proprietárias, enquanto 95% dos gestores creem que o mindset é indispensável para toda estrutura corporativa.
Os dados fazem parte do estudo O Estado do Open Source Empresarial: um relatório da Red Hat, produzido pela empresa em fevereiro. No total, o levantamento ouviu 1.296 líderes do segmento de TI ao redor do globo. Outro dado revelador é que de 2021 para cá, 77% dos dirigentes de equipes de TI se surpreenderam positivamente com as novas soluções e ferramentas proporcionadas pelo código aberto como produtividade e segurança com dados.
De acordo com Paulo Ceschin, Diretor de Vendas da Red Hat Brasil, a popularidade do Open Source se deve à grande demanda por soluções ágeis e versáteis para todo tipo de empresa. “Seja porque equipes de TI passaram a trabalhar com um volume de dados e uma quantidade de tarefas maiores do que no passado, seja porque grande parte das companhias aderiram a jornadas de trabalho híbridas (tanto presencial quanto a distância), os dados abertos têm sido um fomentador de mudanças em todo o mercado”, explica.
Qual é a importância dos dados abertos?
Além de ser uma unanimidade no setor corporativo, nos últimos anos, a cultura do Open Source é responsável por grandes transformações setoriais. Um exemplo de sua multiplataforma é a iniciativa que a Linux Foundation lançou em julho. A ideia do grupo é fornecer U$ 5 trilhões em instrumentos que possam identificar e preencher lacunas de dados para investimento ecorresponsável - assim, empresas e instituições podem investir em projetos.
“O conceito de dados abertos nada mais é do que uma prática que permite que vários agentes participem e integrem o desenvolvimento de softwares de maneira clara e transparente. No meio corporativo, o diferencial desse mindset é atuação conjunta de clientes, desenvolvedores e fornecedores de tecnologia em prol de soluções que atendam às necessidades de um ambiente sempre em transformação”, afirma Ceschin.
A palavra-chave é segurança
Para 82% das lideranças entrevistadas pela Red Hat, o ambiente de código aberto é um atrativo para fechar parcerias de fornecedores de soluções. De acordo com o levantamento, os gestores de equipes de TI acreditam que o incentivo a comunidades Open Source propicia um desenvolvimento integral de todos os participantes da cadeia de produção.
Um exemplo da capacidade disruptiva e segura da mentalidade dos dados abertos é a chegada do PIX. Segundo o Banco Central, mesmo antes de completar dois anos da inovação, a ferramenta já alcança cerca de 60 milhões de brasileiros e movimenta mais de R$ 600 milhões mensais, com um pico de R$ 42,1 bilhões líquidos na sexta-feira que antecedeu ao feriado do Dia das Mães este ano.
Para Ceschin, o Open Source deixa claro que a segurança empresarial pode ser resolvida de maneira simples, rápida e progressiva. “No geral, líderes acreditam que o resultado é sempre mais valioso do que o processo; mas é bom ter em mente que a palavra-chave hoje é segurança. Ter tranquilidade para estabelecer metas e trabalhá-las em curto, médio e longo prazo não tem preço. Dos grandes aos pequenos, a inovação de dados abertos é a solução para a maioria dos problemas de TI hoje e a fórmula para entender os novos desafios no futuro”, ressalta o Diretor de Vendas da Red Hat Brasil.