Os pés exigem muita atenção. São, junto com os tornozelos, a base de sustentação do corpo e os cuidados prévios são necessários, tanto no uso dos calçados, que devem ser adequados, quanto na prática de atividade física.
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Segundo o Dr. Eduardo Rocha, médico ortopedista, os problemas mais comuns são a tendinite e a fasceíte, que é uma dolorosa inflamação causada pelo encurtamento muscular por falta de alongamento da panturrilha e, em idosos, por hipotrofia, que se caracteriza pela perda de massa muscular.
O especialista informa que é maior o número de pacientes mulheres nos consultórios e explica que elas são mais acometidas por problemas nos pés principalmente pelo uso de calçados menos anatômicos e com menor potencial amortecedor, como os de salto. Os homens, no entanto, também devem ter cuidados na escolha do calçado. Por isso, sempre fique atento para fazer a opção correta.
Praticar exercícios, alongar, fortalecer os membros inferiores são outros fatores importantes, mas sempre com a supervisão de um profissional qualificado, para prevenir problemas decorrentes de erros na prática e sobrecarga.
O pé é formado por diversos ossos, cinco deles na região mediana. São os chamados ossos do metatarso, os mais suscetíveis à dor, especialmente o quinto metatarsiano, que está articulado com as falanges do dedo mínimo, popularmente conhecido como “dedo mindinho”, e tem mais possibilidade de ser atingido e sofrer fraturas até durante uma simples prática de caminhada. Em Curitiba, por exemplo, as calçadas são irregulares e muita gente torce o pé. Então, é necessário que se tenha cuidado redobrado.
O temido joanete
O joanete é temido por muitas pessoas, mas pode ou não causar dor e nem sempre há necessidade de cirurgia. Trata-se de uma deformidade que acomete o “dedão” (dedo hálux na nomenclatura médica), ou seja, na base do primeiro metatarso, e resulta de uma alteração estrutural no pé.
Ele pode ser hereditário, que se transmite geneticamente de pais para filhos, ou causado pelo uso de calçados estreitos, de bico fico e salto alto. Por isso, é muito maior sua incidência em mulheres.
Quando o joanete é hereditário, pode aparecer já na infância ou adolescência, mas há o que se desenvolve depois, na fase adulta, caso em que o calçado inapropriado é fator determinante.
Sempre procure um médico, que vai avaliar o grau de deformidade e o quanto o problema incomoda, definindo o melhor tratamento, que pode ser convencional ou cirúrgico. Existem pessoas que não sentem dores, mas se preocupam com a estética, se vai aumentar ou começar a doer, cabendo, nesses casos, orientações sobre o tipo de calçado e as atividades adequadas.
Precauções no dia a dia
O Dr. Rocha orienta que os problemas nos pés podem ser evitados com cuidados básicos no dia a dia, como a higiene das unhas. Quem vai ao salão deve verificar se a pedicure utiliza material esterilizado e o método como corta as unhas.
Os diabéticos também precisam ter uma atenção especial, pois o diabetes reduz a sensibilidade nas extremidades do corpo, principalmente os pés, ou seja, podem não sentir um ferimento e a lesão se agravar. Por isso, nas consultas com o médico, este acompanhamento deve ser acrescido.
Não esqueça, os hábitos de vida estão diretamente relacionados com a integridade do pé.