Para entender como funciona e porque fazer a reposição hormonal na menopausa, é preciso conhecer o contexto.
A menopausa significa a última menstruação, que marca a transição entre o ciclo reprodutivo e não reprodutivo da mulher, quando os ovários param de produzir os hormônios do ciclo menstrual, o estrogênio e a progesterona, e normalmente ocorre entre os 45 e 55 anos de idade.
É um evento fisiológico normal e muitas mulheres passam por esse período de forma suave. Mas outras sofrem com sintomas que trazem desconforto e piora na qualidade de vida, como calores e suores noturnos, que acometem até 80% delas, além de tonturas, palpitações, depressão, irritabilidade e atrofia vulvovaginal, que leva ao ressecamento vaginal e dores na relação sexual.
Para elas são avaliados os riscos e benefícios da terapia de reposição hormonal, visando seu bem-estar.
Reposição hormonal na menopausa
De acordo com a Dra. Regina Celi Passagnolo Sérgio Piazzetta, da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Paraná (Sogipa), cada mulher deve ser vista de uma forma individualizada nessa fase de sua vida.
Ela explica que há um momento ideal em que a reposição será benéfica. Iniciar a terapia durante a perimenopausa (quando os sintomas começam a aparecer e a menstruação é irregular) ou na menopausa inicial pode diminuir o risco de doenças como infarto e derrames, enquanto que o início do mesmo tratamento após 10 anos ou mais da menopausa pode aumentá-lo. Dados atuais mostram que, em mulheres saudáveis na menopausa inicial, os benefícios superam os riscos.
Um aumento do risco de câncer de mama, por exemplo, ocorre, conforme estudos, somente após cinco anos do uso, e é considerado pequeno: menos de 0,1% ao ano, ou seja, menos de um caso por 1000 mulheres por ano de utilização.
Mas esse tratamento é seguro?
É necessário chamar a atenção, no entanto, para o fato de que nem todas as mulheres que teriam alguns benefícios com a terapia de reposição hormonal podem fazer uso dela.
É preciso uma análise de cada caso e uma orientação muito detalhada, saneando as dúvidas de cada mulher. Por isso, procure seu médico antes de qualquer decisão e, muito importante, mantenha em dia seu exame preventivo e a mamografia.
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