Maior parte das demandas continua relacionada a melhorias em rodovias| Foto: Gelson Bampi/Sistema Fiep
  • Por Sistema Fiep
  • 21/09/2022 15:16
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Após passar por um processo de atualização, o Plano Estadual de Logística em Transporte – PELT 2035 ganhou uma nova versão. Elaborado em conjunto por diversas entidades da sociedade civil, sob coordenação técnica do Conselho Temático de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), o PELT apresenta os projetos prioritários para que o Estado elimine gargalos logísticos. Enquanto a edição anterior, lançada em 2016, trazia 97 projetos, a versão atual tem mais de 140 obras consideradas necessárias nos diferentes modais.

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As novas contribuições foram coletadas em sete reuniões regionais realizadas em julho, que contaram, no total, com a participação de mais de 440 pessoas. Nelas, foi detalhado o status das obras constantes no PELT, sendo que dos 97 projetos, 24% foram concluídos no período. “Analisamos todas essas obras e também o planejamento já feito pelos governos estadual e federal em relação às demais obras. Levamos isso às reuniões e ouvimos as pessoas para ter um olhar fino em relação às necessidades regionais”, explica o gerente de Assuntos Estratégicos da Fiep, João Arthur Mohr. “Com isso, temos agora mais de 140 obras que serão acompanhadas até a gente ter a execução de todas elas”, completa.

As principais demandas continuam relacionadas a melhorias e aumento de capacidade da malha rodoviária do Paraná. Boa parte das obras necessárias está contemplada no novo modelo de pedágios, que deverá começar a ser licitado ainda neste ano. Porém, outras intervenções ainda não previstas nas concessões foram solicitadas pelas lideranças regionais. Como, por exemplo, a duplicação da BR 376, no trecho entre Paranavaí e o trevo para Nova Londrina, próximo à divisa com o Mato Grosso do Sul. Ou, então, a construção dos contornos Norte de Cascavel e Leste de Londrina.

No caso das ferrovias, as principais demandas estão relacionadas ao projeto da Nova Ferroeste, traçado que ligará o Mato Grosso do Sul ao litoral do Paraná, que também deve ser licitado em breve. As necessidades apontadas pela sociedade para os modais aeroviário e portuário, além de dutovias e infovias, também seguem como destaques do plano.

Novidades

A nova versão do PELT 2035 apresenta alguns itens até então não abordados no plano. Um deles é a navegação de cabotagem, o transporte marítimo entre portos brasileiros, que surge como opção ao transporte rodoviário para mercados mais distantes do país. “O PELT, nesta atualização, faz uma menção especial para que a gente possa desenvolver no Paraná um ambiente mais competitivo para a cabotagem”, explica Mohr.

Outra novidade é a questão da mobilidade urbana. “Estamos incentivando as regiões metropolitanas para que trabalhem nisso, com as cidades pensando em conjunto a mobilidade urbana”, diz o gerente da Fiep. “Se você tiver uma mobilidade urbana boa, um trabalhador vai conseguir chegar mais rapidamente a seu trabalho, o que ajuda em sua produtividade e qualidade de vida”, acrescenta.

Plano de Estado

A nova versão do PELT 2035 já está sendo entregue a candidatos que concorrem nas eleições deste ano. Após o pleito, será entregue também a todos os eleitos, para que possam contribuir com os esforços para execução dos projetos. “O PELT é um plano de Estado, não de governo. Ele tem uma visão de longo prazo que vence a troca de governos a cada quatro anos, por isso pedimos que, independente de quem sejam nossos representantes no poder público, o plano seja executado”, conclui Mohr.