O primeiro passo para comprar energia no mercado livre é descobrir se a sua empresa atende aos critérios estabelecidos em lei para ter o direito de escolher.
O primeiro passo para comprar energia no mercado livre é descobrir se a sua empresa atende aos critérios estabelecidos em lei para ter o direito de escolher.| Foto: Shutterstock
  • Por Tradener
  • 17/08/2022 09:39

Atualmente, 34,5% de toda a energia elétrica consumida no Sistema Interligado Nacional (SIN) é adquirida no mercado livre de energia. E, por quê? Economia.

Dados apontam que, até 2035, com a abertura total do mercado livre, teremos uma economia de até 27% na compra de energia, segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).

Contudo, para fazer a migração e passar a contratar energia através de uma comercializadora, é preciso estudar o segmento e conhecer suas características. Por isso, neste artigo, nós mostraremos como ocorre a compra e venda de energia no mercado livre no Brasil, passando pelas diferenças entre os contratos de curto e longo prazo.

O que é mercado livre de energia

Resumidamente, o mercado livre de energia é um ambiente em que a energia elétrica é negociada livremente entre fornecedores, comercializadoras e consumidores.

Naturalmente, o primeiro passo para comprar energia no mercado livre é descobrir se a sua empresa atende aos critérios estabelecidos em lei para ter o direito de escolher.

Como comprar energia no mercado livre

Geralmente, os consumidores consomem energia por meio de contratos com a distribuidora local. Aqueles que desejarem migrar para o mercado livre deverão preencher os requisitos mínimos para a transição.

Requisitos

Atualmente, apenas alguns consumidores têm a liberdade de escolher os fornecedores de energia elétrica. Esses consumidores são divididos em consumidores livres e consumidores especiais.

  • Consumidores livres devem possuir demanda maior ou igual a 1000 kW, e podem contratar energia convencional (hidrelétricas e termelétricas) ou incentivada (eólica, solar, biomassa e PCH).
  • Consumidores especiais devem possuir demanda igual ou maior a 500 kW, contudo, deverão contratar obrigatoriamente eletricidade produzida por fontes renováveis de energia (conhecidas também como fontes incentivadas).

Portanto, é a demanda de energia que identificará em qual tipo de consumidor cada cliente se encaixa. Essa análise é feita pelas comercializadoras em conjunto com os consumidores, onde o tipo de contrato e a escolha pela matriz energética são discutidos para atender as necessidades específicas daquele cliente.

Clique aqui para entender melhor todos os requisitos.

Tipos de energia: fontes convencionais ou incentivadas 

Como dito anteriormente, no mercado livre é possível optar por diferentes fontes energéticas. São elas:

  • convencionais: provenientes de usinas hidrelétricas e termelétricas
  • fontes incentivadas: procedentes de usinas eólicas, solares, biomassa ou pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).

Procurar ter omínimo de entendimento sobre as matrizes energéticas é importante não somente pelas questões ambientais e sustentáveis, mas também porque o perfil do seu consumo ditará de quais fontes energéticas você fará a contratação.

Além disso, as fontes incentivadas e renováveis têm um desconto no custo que o consumidor deve pagar para a distribuidora de energia. Em outras palavras: a tarifa do uso da rede de distribuição tem uma série de encargos, mas, para aqueles que consomem energia de fonte incentivada, há uma redução no valor desses encargos.

Hoje, a porcentagem de desconto é na maioria dos casos de 50%, revelando um benefício bastante atraente para aqueles que desejam comprar energia elétrica pelo mercado livre.

O mercado livre incentiva a compra de energia proveniente de fontes renováveis e oferece ótimos descontos para o consumidor. Na foto: PHC Tamboril (GO)
DCIM100MEDIADJI_0055.JPG| Divulgação

Perfil do consumidor: diferenças entre os contratos de energia livre

No mercado livre, o consumidor define suas estratégias de negociação e toma decisões segundo o perfil da sua empresa e a importância da energia para o seu processo produtivo. Essa análise costuma ser feita pelas comercializadoras, que também indicam o melhor contrato para seu cliente: de curto ou longo prazo.

Apesar de não haver lei ou regra escrita, o mercado de energia elétrica considera como de curto os contratos de até seis meses de duração. De maneira geral, esses contratos são realizados para pequenos ajustes, quando falta ou sobra energia.

Calma, que a gente explica.

Vamos supor que um cliente tenha um contrato de 600 MWh mas que, por alguma razão, em determinado mês ele consumiu 900 MWh. Portanto, esse cliente gastou mais energia do que havia contratado. Nesses casos, nós dizemos que o cliente consumiu um adicional de energia de 300 MWh.

Jorge Caliari é Diretor Comercial da Tradener, empresa comercializadora de energia com mais de 20 anos de experiência no mercado livre. Ele explica que, para resolver o impasse descrito no exemplo acima, o cliente precisa recorrer ao mercado de curto prazo para comprar o adicional de energia gasto por sua empresa. Contudo, o preço da energia no curto prazo é bastante variável.

“O cliente pode comprar essa energia por um preço inferior ou muito maior do que o que ele pagou no contrato inicial. Ele estará totalmente exposto ao que chamamos de Mercado Spot de Energia.”

Em outras palavras: o consumidor, quando utiliza quantidades diferentes da contratada, fica exposto às imprevisibilidades do mercado e pode sofrer prejuízos. Felizmente, como já possui uma grande quantidade de energia contratada, pode ajustar seu contrato ao final do mês comprando pequenas quantidades de energia. Por isso, é sempre recomendado buscar orientação especializada.

Quanto à duração do contrato, como dito anteriormente, os clientes podem sim contratar energia por até seis meses. Entretanto, o diretor avisa “Aqueles que optam por contratos curtos perdem as vantagens do mercado livre: preço menor, contrato previsível e garantia de preços fixos pelos meses seguintes.”

Afinal, assim como ocorre com clientes que compram adicionais, clientes de curto prazo irão comprar energia pelo preço do momento, correndo o risco de pagar um preço muito maior do que seu contrato inicial.

De maneira geral, clientes de longo prazo costumam fechar negócios de 3 a 5 anos de duração.

Diferente do mercado tradicional, em que o consumidor comum não sabe quanto a distribuidora cobrará pela energia no ano seguinte, o consumidor do mercado livre saberá exatamente qual valor pagará pela energia nos anos seguintes do seu contrato.

Dessa forma, a grande vantagem do mercado livre e dos contratos longos é a previsibilidade do preço da energia que, mesmo com os ajustes previstos por lei ano a ano, não oscilam tanto quanto os contratos com as distribuidoras locais.

Onde comprar energia livre?

O consumidor adquire energia por meio de contratos de compra e venda na maioria dos casos com agentes comercializadores, porém em alguns casos diretamente de autoprodutores, geradores e até mesmo por cessão de excedentes de outros consumidores livres e especiais.

Contudo, para desfrutar dos benefícios de contratar energia pelo mercado livre, é preciso fechar contratos sólidos com empresas sérias, que possuem anos de experiência no mercado e possam transmitir segurança na negociação e na entrega da energia.

Confiança

A Tradener é uma empresa que trabalha com comercialização, geração própria, prestação de serviços ao consumidor e gerador como, migração, assessoria, regulatório, medição de resultados, análise de riscos e importação e comercialização de gás natural e energia.

É a primeira comercializadora do Brasil a ser autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) a negociar energia, atuando desde o surgimento do mercado livre.

Ao todo, são 24 anos de experiência no segmento e mais de 750 clientes em sua carteira de energia.

Quer entender melhor? Clique e acesse o site da empresa!