Quando a estrutura doméstica já não é mais suficiente para atender às necessidades de um parente que possua alguma doença ou condição específica, muitas pessoas optam por deixá-lo sob os cuidados de uma instituição especializada, que possa oferecer o atendimento e o conforto necessários. Nesse momento, muitas dúvidas surgem. Logo nos primeiros dias de busca é comum que família e paciente se perguntem qual é a melhor opção entre as inúmeras que estão disponíveis.
Nos Estados Unidos e na Europa, as possibilidades mais comuns para esse tipo de situação são o Hospice e a casa de repouso. Atualmente, ambas estão disponíveis no Brasil — Curitiba, inclusive, abarca o primeiro Hospice de toda a região sul do país. Os dois tipos de espaço são completamente diferentes entre si, e conhecer as distinções entre ambos é fundamental para fazer a escolha certa.
Casa de repouso
As casas de repouso — oficialmente chamadas de Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) — são exclusivas para pessoas que estejam na terceira idade e não possam mais morar sozinhas por algum motivo, que nem sempre está relacionado à saúde física. A finalidade desse tipo de instituição é exclusivamente social, ou seja, abrigar o idoso e garantir que os moradores sempre tenham companhia.
Esses espaços não costumam aceitar jovens e adultos, além de terem regras rígidas de convivência e visitação. A maioria dos residentes em ILPIs convive com algumas limitações que os impedem de viver em suas casas sem nenhum tipo de observação mais atenta, mas raramente têm doenças progressivas ou sem perspectiva de cura.
Hospice é a melhor opção para pacientes com doenças incuráveis
O conceito de Hospice, muito popular na América do Norte e em grande parte dos países europeus, vem da ideia de acolher e oferecer um ambiente que pareça ao máximo possível com um lar. Isso inclui mais flexibilidade e liberdade para os pacientes e suas famílias. Não existem horários de visita fixos e nem limitação do tempo em que os parentes podem permanecer no local. Também há autorização para que crianças e animais de estimação passem períodos do dia com os internos.
No sul do Brasil, o primeiro centro a implantar esse tipo de assistência foi o Valencis Curitiba Hospice, localizado no Bigorrilho. Assim como outras instituições do gênero, o espaço é focado em receber apenas pacientes que convivam com o diagnóstico de alguma doença terminal. O local é especializado em cuidados paliativos, que consistem em não focar apenas no tratamento e no alívio dos sintomas do problema da saúde, mas sim, do indivíduo e de seus entes queridos.
Para isso, o Valencis aposta em terapias integrativas — incluindo acupuntura, meditação e aromaterapia — aplicadas e acompanhadas por uma equipe multidisciplinar especializada.
A ambientação também conta com uma estrutura muito particular, criada justamente para que o paciente sinta que está em seu segundo lar, e não em um hospital limitador e impessoal. Entre as ferramentas utilizadas para isso estão recursos como suítes humanizadas e um espaço amplo com muita natureza e atividades externas.