O curitibano tem um jeito particular de falar “leite quente”.
O curitibano tem um jeito particular de falar “leite quente”.| Foto: Imo Flow/Pixabay
  • Por Vina
  • 20/10/2020 11:21

Normalmente, quem é de Curitiba jura de pé junto que o curitibano não tem sotaque. Mas, apesar de muitos de nós acreditarmos piamente que não existe variação em nosso jeito de falar quando comparado às demais regiões brasileiras, a verdade é que existe sim um sotaque curitibano típico e bem marcante. E, vamos combinar: quem é que nunca tirou um sarrinho de algum quando fala “leitE quentE dá dor no dentE”, não é mesmo?

Além disso, palavras como vina, piá, japona, penal e chineque também são muito comuns em uma conversa qualquer de bar. Porém, nem todo mundo sabe o que isso significa, nem o motivo da gente enfatizar tanto o “E” ao final de cada palavra que leva essa vogal.

Em poucas palavras, isso tudo se explica pelo fato de que nossa população é uma mistura de povos, com características próprias que foram se transformando ao longo do tempo. Por isso, se você quiser saber mais sobre o nosso sotaque, continue lendo e entenda melhor!

O jeitinho curitibano de falar

Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra sotaque significa “tom, inflexão ou pronúncia particular de cada indivíduo ou de cada região”. Ou seja: é a forma em que falamos e como somos conhecidos pelos outros.

Primeiramente, a questão da pronúncia do “E” é fácil de explicar e tem a ver com a origem da cidade.  De acordo com o professor Hélio Pugliesi, endossado pelo jornalista José Ernesto Erichsen Pereira, os moradores da cidade tiveram muito contato com diferentes povos.

O primeiro foi com os descobridores de nossa terra, os portugueses. Depois, por conta do tropeirismo, com quem falava castelhano e morava na divisa da Argentina e Uruguai. Por fim, com os imigrantes que precisaram aprender a nossa língua - entre eles, destacam-se os italianos, poloneses, ucranianos, japoneses, alemães e por aí vai.

Então, pelo fato de Curitiba ser um lar de pessoas de diferentes nacionalidades desde o século XIX, os moradores nativos tiveram que começar a falar pausadamente para se fazerem entender. Eles então passaram a articular bem as sílabas e a falar como se escreve, reforçando o “e” ao fim das palavras. E esse modo de falar pegou! Ou você acha que um ucraniano ou um polonês entendia tudo de primeira?

Tudo isso influenciou a fala e moldou o nosso jeito de falar. Interessante, não?!

Conheça um pouco de cada lugar sem sair de casa

Para quem tem curiosidade de conhecer mais da cultura dos países originais que influenciaram o nosso sotaque, o Vina selecionou alguns restaurantes para que você possa se deliciar com pratos da gastronomia internacional.

Confira:

  • Caliceti di Bologna (Itália);
  • Cabaña Montefusco (Argentina);
  • Shanghai Sushi House (Japão);
  • Deutscher Burger (Alemanha).

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