Pensa rápido: quando falamos em piratas, de quem você se lembra de cara? Capitão Gancho? Jack Sparrow? Mas você sabia que já tivemos nosso próprio pirata aqui em Curitiba?!
Isso mesmo! Apesar da cidade não ter praia, um desses viajantes morou por mais de 40 anos por aqui. E mais: ele está sepultado desde 1889 no Cemitério Municipal do São Francisco.
Se interessou e quer saber mais sobre essa história? Então leia este texto até o fim e fique por dentro de algumas das aventuras que essa grande lenda viveu.
Onde tudo começou
Durante o século XIX, rolava um boato entre moradores de Curitiba de que havia um pirata irlandês morando na cidade. O que se dizia era que ele residia em um local mais afastado do Centro e que havia escondido um enorme tesouro em um dos inúmeros túneis subterrâneos da cidade.
Por muito tempo, esse burburinho foi alvo de altas discussões entre os locais. No entanto, depois de 15 anos de pesquisa, o historiador Marcos Juliano Ofenbock conseguiu provar por A mais B que não se tratava de um boato. Em 2018, ele encontrou documentos que comprovam a história do pirata e também seu paradeiro – só não se sabe sobre o tal tesouro escondido em Curitiba.
Francis Hodder (nome de batismo do Pirata Zulmiro) nasceu na cidade de Cork, na Irlanda, em 1798. Descendente de uma família muito rica, seu interesse pela navegação começou ainda jovem, quando, aos 25 anos, ingressou na Marinha Real Inglesa. Por ter matado outro oficial acidentalmente em uma discussão, Hodder desertou para fugir da pena de morte que esse acidente lhe custaria.
Então, ele foi parar de cara em um navio negreiro. Depois, passou a ser comandante da embarcação e traficante de escravos. Por fim, já rebatizado como Zulmiro, tornou-se líder de um trio de piratas, que contava também com o russo Zarolho e o espanhol José Sancho.
E onde Curitiba entra na história?
Como os três piratas fizeram grandes roubos pelo Atlântico Sul – sendo o maior deles na Catedral de Lima –, todos se tornaram procurados por oficiais de seus respectivos países e acabaram capturados.
Enquanto Zarolho foi preso em Cuba (mas fugiu e morreu na Índia) e José Sancho naufragou e morreu no mar, Zulmiro foi capturado por um navio inglês em 1831. Ele só não contava que o capitão seria Kempel, um amigo de longa data.
Ao vê-lo naquela situação, esse capitão simulou a fuga de Zulmiro para o Sul do Brasil com a condição de que ele largasse de vez a vida de pirata. Dessa forma, Francis Hodd desceu no litoral paranaense, subiu a Serra do Mar em nove dias e se refugiou em uma área de mata na pequena vila de Curitiba. Ele, então, “abrasileirou” seu nome e se tornou João Francisco Inglez. Além disso, se casou com uma escrava que comprou um ano depois de chegar a Curitiba e teve pelo menos quatro filhos com ela.
Hoje, no local que Zulmiro morou por quase meio século, no Pilarzinho, está a Universidade Livre do Meio Ambiente.
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