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A estação mais lucrativa do cinema americano decepciona (nas bilheterias)

 | Photo Credit: Courtesy Twentieth Century FoxReprodução
(Foto: Photo Credit: Courtesy Twentieth Century FoxReprodução)

O verão está indo. E já vai tarde. Pelo menos, em Hollywood. Com alguns fracassos retumbantes, a estação mais lucrativa do cinema americano (que vai do primeiro fim de semana de maio até o Labor Day, feriado do Dia do Trabalho, em 4 de setembro) fechou com US$ 3,65 bilhões de arrecadação, a pior marca dos últimos 11 anos.

Desde 2007, essa é também a primeira vez em que as cifras ficam abaixo dos US$ 4 bilhões. A maior marca pertence a 2013 (US$ 4,85 bilhões), ano de "Homem de Ferro 3", "Homem de Aço", "Meu Malvado Favorito 2" e "Universidade Monstros". Ou seja, dois filmes de heróis e duas animações, bem ao gosto dos consumidores —a estação também coincide com as férias escolares.

E, claro, a fórmula foi seguida à risca nesta temporada. As quatro maiores bilheterias foram para "Mulher-Maravilha", "Guardiões da Galáxia 2", "Homem-Aranha - De Volta ao Lar" e "Meu Malvado Favorito 3". Três heróis e uma animação.

O problema está mais abaixo. Em 2013, por exemplo, 19 filmes superaram a marca de US$ 100 milhões de arrecadação. Ano passado, o número caiu para 14. E em 2017 foram apenas 11 longas.

O próprio feriado encerrado na última segunda-feira (4) coroou esse declínio. Foi o pior Dia do Trabalho desde 2000, segundo o Box Office Mojo, que monitora esses dados. As bilheterias foram encabeçadas por "Dupla Explosiva", já em sua terceira semana em cartaz.

Em relação ao mesmo feriado do ano passado, houve queda de 22% na arrecadação, informa o Business Insider, site especializado em finanças de mercados como o do entretenimento.

Encabeçando a lista de fracassos retumbantes está "Valerian e a Cidade dos Mil Planetas", coprodução francesa dirigida por Luc Besson. A ficção de US$ 177,2 milhões de coletou minguados US$ 40,1 milhões nos EUA.

Em empate técnico na categoria "desastre da temporada" aparece "Rei Arthur - A Lenda da Espada", de Guy Ritchie: US$ 39,2 milhões de arrecadação contra US$ 175 milhões de orçamento.

Outros filmes que decepcionaram nos cinemas americanos foram "Alien: Covenant" (US$ 74,3 milhões) e "A Múmia", com o astro Tom Cruise, que chegou apenas a US$ 80,1 milhões e foi salvo pela bilheteria internacional, principalmente na China, que ajudou o filme a alcançar US$ 407,8 milhões no mundo.

Outras franquias bem-sucedidas encontraram seus piores rendimentos, como "Carros 3", que arrecadou honestos US$ 151,1 milhões. O valor, no entanto, ficou bem aquém dos US$ 244 milhões do filme original ou dos US$ 191,5 milhões de "Carros 2".

"A Vingança de Salazar" também teve o pior desempenho da franquia "Piratas do Caribe", ainda com Johnny Depp. Fenômeno semelhante atingiu "Transformers" e a nova sequência de "Planeta dos Macacos" ("A Guerra").

Pior. Normalmente, o verão americano responde por mais de um terço da bilheteria do ano todo. Por isso, executivos de cinema (os que não perderam o emprego) estão com o sinal amarelo piscando mais que vaga-lume.

Para tentar salvar a temporada inteira, alguns dos próximos lançamentos terão que ter desempenho extraordinários. Entre as maiores esperanças do fim do ano está "Liga da Justiça", que testa novamente o poder de fogo da Mulher-Maravilha (acompanhada de uns tais de Batman e Superman). O filme chega às telas do Brasil em 16 de novembro um dia antes da première americana.

Mas o grande salvador pode ser "Star Wars". "O Último Jedi" estreia em 15 de dezembro nos EUA (14, aqui). "O Despertar da Força" foi a maior bilheteria de 2015; em 2016, o primeiro lugar foi de "Rogue One", derivado da saga.

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