A expectativa do jornal é chegar a 10 milhões de assinantes até 2025 - hoje tem 4,3 milhões de assinantes| Foto: Pixabay

O jornal americano 'The New York Times' anunciou ontem que teve alta de 27,1% no número de assinaturas digitais ao longo de 2018. A publicação tinha, ao fim de dezembro, 3,4 milhões de assinantes na versão online. Os bons números levaram o 'NYT' a uma receita de US$ 709 milhões com negócios digitais.
 
A expectativa, revelou a empresa, é de bater a marca de US$ 800 milhões em faturamento digital até 2020. Outra meta é chegar a 10 milhões de assinantes até 2025 - hoje, o New York Times tem 4,3 milhões de assinantes, incluindo os clientes da versão impressa. Só no quatro trimestre de 2018, a empresa registrou 265 mil novos assinantes - foi o melhor período para a publicação desde a eleição de Donald Trump, em 2016. 

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"Como vamos fazer para cumprir estes objetivos? Em primeiro lugar, com jornalismo", disse Mark Thompson, presidente executivo do New York Times, em nota divulgada a investidores. Em 2018, o jornal contratou 120 jornalistas, chegando a uma equipe total de 1,6 mil pessoas em sua redação. É um recorde para o veículo - que vai na contramão de publicações digitais, como a Vice Media e o Buzzfeed, que anunciaram cortes recentes em suas equipes. 

"Com as contratações e os números que o NYT revelou hoje, sua meta de bater US$ 800 milhões em receita digital em 2020 é algo realista", destacou o professor Rosental Calmon Alves, professor do Knight Center for Journalism, da Universidade de Austin, pelo Twitter. 

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Faturamento

Ao longo do ano passado, o jornal teve receita de US$ 1,75 bilhão, alta de 4,4% com relação a 2017 - os resultados online compensaram a queda de 10,2% no faturamento com publicidade no jornal impresso. 

Já o lucro caiu de US$ 90,5 milhões para 74,7 milhões. A empresa disse ter sido afetada por ter uma semana a menos em seu ano fiscal em 2018, na comparação com o ano anterior. Cita ainda maiores gastos com contratações. 

A empresa informou ter US$ 826 milhões em caixa - parte desses recursos será utilizada para aumentar os dividendos aos acionistas, bem como exercer o direito à recompra do Edifício do New York Times Co. até o fim do ano, por US$ 250 milhões. 

O balanço fez as ações do New York Times subirem 11,5% na Bolsa ontem. O valor de mercado da companhia de mídia está próximo de US$ 5 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.