O diretor Peter Bogdanovich, no Festival de Cinema de Veneza, em 2014| Foto: EFE
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Diretor de "A última sessão de cinema" (1971) e "Lua de papel" (1973), o cineasta Peter Bogdanovich morreu nesta quinta-feira (6), aos 82 anos, de causas naturais. A informação foi confirmada por sua filha, Antonia Bogdanovich, ao site da revista "The Hollywood Reporter". Natural de Nova York, ele faleceu em sua casa em Los Angeles.

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Integrante da geração de diretores que alcançou o estrelado nos anos 1970, composta por Martin Scorsese, George Lucas, Steven Spielberg, Francis Ford Coppola e Brian De Palma - responsáveis pela "ressurreição" do cinema naquela década -, Bogdanovich era filho de imigrantes sérvios que fugiram do nazismo e, além de ator e diretor, foi também um pesquisador e historiador relevante do cinema americano. Era especialista na obra de Alfred Hitchcock e Orson Welles.

Aos 31 anos, alcançou sucesso junto ao público e à crítica com "A Última Sessão de Cinema", filme que conta a história de uma pequena cidade abandonada no interior do Texas. O filme foi indicado a oito Oscars. Em seguida, viriam "Essa Pequena é uma Parada" (1972), comédia estrelada por Barbra Streisand, e "Lua de Papel", com a dupla de pai e filha Ryan e Tatum O'Neal. Tatum, então com dez anos, se tornaria a atriz mais jovem a vencer o Oscar como coadjuvante. Já na década de 1980, o diretor orientou uma das últimas atuações de Audrey Hepburn em "Muito Riso e Muita Alegria" e dirigiu "Marcas do Destino", o longa que rendeu a Cher o prêmio de melhor atriz em Cannes.

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Como ator, Boddanovich apareceu na série "Família Soprano" (2000-2007), onde dava vida a um terapeuta, e fez uma ponta em "It - Capítulo 2" em 2019. Seu último filme por trás das câmeras foi "Um Amor a Cada Esquina", lançado em 2014, que incluia nomes como Owen Wilson e Jennifer Aniston.