As histórias ficcionais mais convincentes quase sempre são aquelas que fazem o espectador se questionar se aquilo é ou não é real. Esse tem sido o caso de Depois da Cabana, o novo hit de suspense lançado pela Netflix. A resposta para a pergunta feita por muitos em redes sociais e ao Google: não, a minissérie de seis episódios não é baseada em fatos, mas, sim, em um best seller alemão da escritora Romy Hausmann, Dear Child.
Como toda boa obra que quer deixar quem assiste na ponta da cadeira, o seriado não enrola para mostrar sua história. O primeiro episódio se inicia com o despertar de Lena, uma mulher que está presa em cativeiro com duas crianças, Hannah e Jonathan. O homem misterioso que mantém o trio preso demonstra carinho com as crianças, que o chamam de “papai”, e pede para que a mulher não chore e se controle.
Em seguida, vê-se a mulher fugindo com uma roupa hospitalar no meio de uma floresta e sendo atropelada por um veículo. A troca entre as cenas é rápida. Isso obscurece (em um primeiro momento) a linha do tempo dos fatos, mas Hannah está lá ao lado de Lena na ambulância e também no hospital após o acidente. Tudo indica um final feliz para a história, mas é aqui que começa uma série de reviravoltas que geram o suspense do seriado e o fizeram se tornar um dos produtos mais assistidos por streaming ao redor do mundo.
Espectador investigador
Após seu acidente, uma investigação é iniciada e a polícia rapidamente descobre que Lena tem o mesmo perfil de uma jovem desaparecida há 14 anos. Cabelo, aparência e até cicatriz batem com as informações divulgadas pela família. Contudo, assim que têm contato com a mulher recém-liberta, os parentes não acreditam que ela seja quem realmente procuram.
O seriado então se desenrola deixando diversas dúvidas na cabeça do espectador, que ocasionalmente são sanadas. “Quem é Lena?”. “Quem é o sequestrador?”. A audiência também pode criticar a série com uma pergunta: “Como uma menina tão esperta quanto Hannah é conivente com tal situação?”
A verdade é que o espectador é convidado a decifrar a trama. Ao menos é isso que a diretora da produção alemã, Isabel Kleefeld, disse esperar em entrevista recente à própria Netflix. “O resultado é uma brincadeira emocionante com a realidade, um quebra-cabeça que o público sempre pode acrescentar e montar. É a história de um crime que tem muitas vítimas, direta ou indiretamente", defendeu. Para quem é fã de minisséries que abordam crimes, o jeito é assistir para formar opinião e descobrir aos poucos as respostas para todo esse suspense.
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