Pelo visto, o best-seller americano Dan Brown está pronto para comprar mais uma briga com o Vaticano – como seu livro mais famoso, "O Código Da Vinci", já havia provocado ao sugerir que Jesus teve uma família com Maria Madalena. Antes, em "Anjos e Demônios", questionava o conflito entre ciência e religião na sede da Igreja Católica.
"Historicamente, nenhum deus sobreviveu à ciência. Com os avanços da tecnologia, a necessidade de um Deus exterior, que nos julga, vai desaparecer", disse o escritor em um encontro com jornalistas, na manhã desta quinta-feira (12), na Feira do Livro de Frankfurt.
Não é só a declaração – bem típica do autor – que traz a afirmação. O novo livro de Brown, "Origem" (Sextante), que acaba de ser lançado no mundo todo, também traz críticas a religião.
Robert Langdon está de volta como protagonista. No novo romance, um amigo do personagem descobre a origem do homem e promete revelá-la ao mundo, destruindo as grandes religiões. Caberá a Langdon expor o segredo, mas não sem antes resolver um enigma.
"Lembro quando meu primeiro livro saiu. Vendemos 98 cópias. E isso graças à ajuda da minha mãe", riu Brown, que teve a ideia do livro depois de ouvir uma música "gospel" composta por seu irmão, mas exaltando Charles Darwin em vez de Deus.
Questionado se costumava se irritar com os críticos que acham seu estilo muito rasteiro, o autor disse que ao escrever tenta agradar somente a seu próprio gosto.
"Há uma série de críticos literários que claramente não tem o mesmo gosto que eu. Adoraria dizer que não me abalo com as críticas ruins, mas levo a vida adiante".
Para aliviar a declaração contundente sobre as religiões, o autor disse que seu problema não é com a crença em Deus – o problema, afirma, é quando instituições tentam codificar experiências transcendentes com uma suposta dimensão divina.
Brown foi questionado ainda se, caso o novo romance vire filme, ele ainda gostaria de ter Tom Hanks no papel de Langdon.
"Eu amo o Tom Hanks. Sempre me perguntam se eu imaginava o ator quando escrevia as cenas com Langdon. Não, eu só pensava em vender exemplares o suficiente para não perder meu adiantamento".
Seu protagonista, brincou, é a pessoa que ele queria ser – o autor o considera mais inteligente que si mesmo.
"Uma vez me disseram: claro que ele não é mais inteligente, tudo que ele diz saiu da sua cabeça, o autor. É, mas o que ele diz em poucos segundos eu demorei três dias para escrever", riu Brown.
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