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Filme do Angel Studios

Do diretor de “Som da Liberdade”, “Cabrini” traz corajosa saga de santa italiana

Do Angel Studios, "Cabrini" acompanha trajetória de santa italiana
Produzido pelo Angel Studios, "Cabrini" acompanha trajetória corajosa de santa italiana (Foto: Angel Studios/Divulgação)

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Apesar da sua saúde debilitada, a jovem Irmã Francesca Cabrini (1850-1917) queria fundar uma congregação para ajudar os pobres na China, mas teve de começar em Nova York, por indicação da Santa Sé. Essa figura real é a protagonista de Cabrini, novo filme do Angel Studios (famoso por lançar a série The Chosen) que acaba de chegar aos cinemas brasileiros.

Quando a italiana desembarca nos Estados Unidos, encontra uma grande população de imigrantes de seu país numa situação econômica e espiritual muito precária, com a maior parte deles isolada em favelas miseráveis. A Irmã Cabrini não conta com o apoio da classe alta nova-iorquina, que repudia a presença de imigrantes na cidade, tampouco consegue contar com ajuda do bispo, que considera a sua missão de caridade um empreendimento impossível. 

A carreira do diretor Alejandro Monteverde (BellaLittle Boy – Além do Impossível) mudou radicalmente com a estreia de Som da Liberdade  (2023), filme produzido por Mel Gibson e estrelado por Jim Caviezel que, com orçamento de 14 milhões de dólares, arrecadou 250 milhões de bilheteria, tornando-se uma das grandes surpresas financeiras e cinematográficas dos últimos anos. Sob sua batuta, a história da italiana é recriada de maneira impecável em Cabrini, o que seria financeiramente impossível sem o sucesso do filme anterior. Com um orçamento de 50 milhões, essa superprodução histórica tem uma encenação que recria à perfeição os contrastes entre as classes nas cidades de Roma e Nova York no final do século XIX.

A italiana Cristiana Dell'Anna (memorável como a Patrizia na série Gomorra), dá uma interpretação para Francesca Cabrini que transmite verdade, coragem e ternura, com uma audácia e uma bravura quase selvagens, ancoradas numa piedade tão profunda e sobrenatural quanto sensível à dor e à miséria. Ela é a força motriz de uma história com algumas boas e sutis sacadas de roteiro, e outras passagens mais rotineiras e óbvias, que tornam a edição final um tanto exagerada em termos de duração e melodrama. 

Porém, o confronto moral da italiana com toda uma época tem personalidade e entidade dramática suficientes para manter o interesse do espectador. O filme também provoca reflexões sobre alguns aspectos essenciais da condição humana de uma mulher que acabou canonizada em 7 de dezembro de 1946, pelo Papa Pio XII. 

© 2024 Aceprensa. Publicado com permissão. Original em espanhol

  • Cabrini
  • 2024
  • 145 minutos
  • Indicado para maiores de 14 anos
  • Em cartaz nos cinemas

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