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Detritos são vistos na entrada do Museu Nacional do Rio de Janeiro, um dos mais antigos do Brasil, em 3 de setembro de 2018, um dia depois que um enorme incêndio atingiu o prédio.  | CARL DE SOUZA/AFP
Detritos são vistos na entrada do Museu Nacional do Rio de Janeiro, um dos mais antigos do Brasil, em 3 de setembro de 2018, um dia depois que um enorme incêndio atingiu o prédio. | Foto: CARL DE SOUZA/AFP

Com as primeiras estimativas de que o incêndio de domingo (2) no Museu Nacional destruiu quase todo seu acervo, está confirmada a devastação de uma de suas mais importantes coleções: as 700 peças que remontavam ao Antigo Egito.

Acompanhando a crise, o Ministério de Antiguidades do Egito pediu que a chancelaria do país prepare um relatório detalhado da condição dos artefatos do museu. "Sentimos uma profunda tristeza pelo que aconteceu", afirmou Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, segundo o jornal Al-Ahram. Ele ofereceu apoio para restaurar as peças.

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O Museu Nacional, no Rio, provavelmente perdeu todas as suas valiosas múmias, incluindo a apelidada "princesa do Sol", um raro exemplar com todos os dedos enfaixados individualmente. Sumiu também o sarcófago da dama Sha-Amun-Em-Su, que viveu entre os século 9° a.C e 8° a.C, outra peça única —era um dos poucos no mundo que nunca tinham sido abertos. O site do Museu Nacional tem uma extensa lista do que era a maior coleção desse tipo em toda a América Latina.

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As peças egípcias tinham chegado ao museu, em sua maioria, no início do século 19. Eram propriedade do explorador italiano Giovanni Battista Belzoni, acumuladas em suas escavações na necrópole de Tebas. Foram compradas pelo imperador Dom Pedro 1°. Seu filho, Dom Pedro 2°, expandiu o acervo ao recolher outros valiosos artefatos em suas viagens ao Egito no final daquele século. O caixão de Sha-Amun-Em-Su, por exemplo, foi um presente do líder egípcio Ismail Pasha.

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Segundo o Museu Nacional, a coleção começou a ser estudada no início do século 20. Fotografias das estelas foram enviadas aos organizadores de um dicionário hieroglífico de Berlim e traduzidas ao alemão em 1919 por H. Grapow. Foram estudadas também por Alberto Childe durante a pesquisa para escrever seu Guia das Coleções de Arqueologia Clássica.

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  • Máscara funerária do Período Prolomaico, 304 a.C.
  • Gato mumificado do Período Romano, I séc. a.C.
  • Tampa do caixão de Harsiese, XXVI dinastia, cerca de 650 a 600 a.C.
  • Hori era alto funcionário da hierarquia egípcia, durante a XXI dinastia (cerca de 1000 a.C.). Seu corpo mumificado estava em exposição
  • Coifa de penas do Grupo Mundurukú
  • Almofariz com representações de figuras humanas, encontrada na Ilha de São João (PA)
  • Detalhe de afresco de Pompeia, séc. I d.C.
  • Detalhe de afresco de Pompeia, séc. I d.C.
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  • No Brasil, os Mesosauridae foram registrados na Bacia do Paraná em sedimentos datados de 299 a 331 milhões de anos, sendo esse exemplar proveniente de rochas do Estado de São Paulo.
  • A peça estava no acervo do museu desde 1818
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