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Matthew McConaughey faz a voz

Elvis Presley vira agente secreto e combate hippies e drogados em animação

Em animação da Netflix, Elvis Presley vira um agente secreto (Foto: Netflix/Sonic Pictures Animation/Divulgação)

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Uma das imagens mais famosas do cantor Elvis Presley em sua fase setentista é o retrato ao lado de Richard Nixon, então presidente dos Estados Unidos. O encontro, que poderia parecer inusitado em 1970, foi ideia do próprio Rei do Rock, que queria discutir com o chefe de estado o aumento da cultura hippie e do uso de drogas nos Estados Unidos. Nessa ocasião, Elvis ganhou um distintivo de agente do Departamento Federal de Narcóticos e Drogas Perigosas. Esse curioso fato foi o mote para a criação da série Agente Elvis, lançada na semana passada pela Netflix.

Desenvolvida pela viúva Priscilla Presley (que dubla a si mesma na série) e pelo cantor John Eddie, a animação voltada ao público adulto superlativa a paixão de Elvis por distintivos e o apresenta como um agente poderoso, que tenta equilibrar o serviço secreto com a carreira musical. Muito do que acontece não tem nenhum fundo de realidade, mas há algumas inspirações em importantes momentos da carreira do Rei, além de contar com a presença de personalidades da vida real.

O começo da série retrata Elvis em 1968, durante a gravação do que ficou conhecido como o '68 Comeback Special, especial transmitido na televisão americana que relançou a carreira do cantor. A conversa com Nixon também ganha destaque em um episódio (contudo, é apenas parte de um plano mirabolante para ajudar outra agente a se infiltrar na Casa Branca).

Logo no primeiro capítulo, muitos personagens do mundo real fazem aparições. São eles Dean Martin, Charles Manson e até Scatter, o chimpanzé de estimação de Elvis, que bebia cerveja e uísque – isso explica os traços questionáveis que deram para o símio na série.

Deixando de lado as passagens desnecessárias envolvendo o bicho, a série reforça a mentalidade de Elvis nessa época: o espião que entra em cena “enquanto o país estiver sendo destruído por caos, hippies, drogas e crime”. Para dar voz à essa versão fictícia do cantor, a Netflix recrutou o ator Matthew McConaughey, famoso por filmes como Interestelar e Clube de Compras Dallas. Don Cheadle, Johnny Knoxville e Kaitlin Olson também contribuem dublando personagens recorrentes.

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