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James Webb

“Explorando o Desconhecido” aborda telescópio que é marco para a ciência

Bela imagem registrada pelo telescópio James Webb, objeto do documentário da Netflix (Foto: NASA, ESA, CSA, e STScI)

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“Essas imagens são um alimento necessário para o espírito humano, não vivemos somente de pão.” Essa foi a frase dita pelo representante do Vaticano e astrônomo Guy Consolmagno após a NASA divulgar os primeiros registros feitos pelo telescópio James Webb. Penhascos cósmicos, buracos negros, galáxias colidindo e nebulosas são apenas alguns exemplos de lugares e acontecimentos capturados pela poderosa máquina, que agora ganha um documentário na Netflix chamado  Explorando o Desconhecido: A Máquina do Tempo Cósmica.

O trabalho, com cerca de uma hora de duração, acompanha a jornada do telescópio desde seu lançamento em dezembro de 2021 até o momento atual, em que o instrumento atingiu a distância de um milhão de quilômetros da Terra. De início, são apresentados diversos números para situar o espectador sobre a magnitude do projeto. A construção do James Webb, nomeado em homenagem a um ex-administrador da NASA, levou quase 30 anos, consumindo 10 bilhões de dólares em investimento. Além do alto valor, cerca de 10 mil pessoas colaboraram com suas expertises no processo.

Mesmo assim, segundo Dr. Z, como é conhecido o astrofísico Thomas Zurbuchen, responsável por comandar o lançamento do telescópio, o projeto possuía 344 pontos únicos de falha. Este termo técnico indica que, caso uma determinada condição esteja fora do ideal, todo o projeto poderia ir por água abaixo. Não por acaso, é dito logo no começo do documentário que todo cientista sabe que a NASA contou com muita “sorte” nessa empreitada.

Fotografia do passado 

Explorando o Desconhecido avança se equilibrando entre o comentário de cientistas que participaram em diferentes etapas do projeto e as belas imagens registradas pelo telescópio. Quando esbarram em tecnicidades, os entrevistados sabem explicar de forma simples para o público leigo as questões sobre o funcionamento da máquina.

O destaque vai para a astrofísica Amber Straughn explicando que as fotografias especiais retratam o passado. Como isso se dá? É que a luz do sol demora cerca de oito minutos para chegar à Terra. Quanto mais distante um ponto luminoso estiver, mais tempo sua iluminação levará para atingir o lugar em que é observado.

Graças a esse “divertido truque da física”, conforme Amber pontua, as imagens do telescópio James Webb mostram o passado da galáxia. É justamente isso que permitirá que os cientistas do futuro possam entender cada vez mais sobre a origem do universo. Por exemplo: uma das fotografias divulgadas pela NASA assim que a máquina começou a operar mostra uma imagem que aconteceu há 4,6 bilhões de anos.

Seja pelos fatos, pelos números ou pelas belas imagens, Explorando o Desconhecido: A Máquina do Tempo Cósmica é o documentário perfeito para quem gosta de divagar sobre os segredos espalhados pelo universo, que podem estar cada vez mais próximos de serem desvendados.

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