![Filme alemão da Netflix imagina como seria se tempo realmente fosse dinheiro Elena (depois e antes) e Max em pôster do filme alemão “Paraíso”, destaque da Netflix](https://media.gazetadopovo.com.br/2023/08/16144221/para%C3%ADso-16ago2023-divulga%C3%A7%C3%A3o-netflix-960x540.jpg)
Quem nunca esteve atrasado e ouviu, ou até falou, a expressão “tempo é dinheiro”? Essa máxima realmente se aproxima de uma verdade absoluta no mundo contemporâneo. Mas até que ponto isso é positivo? Esse é o principal questionamento feito por Paraíso, filme alemão que estreou recentemente na Netflix e está entre os mais assistidos da plataforma.
Na história, acompanhamos o casal Max e Elena em um futuro distópico regido pela empresa Aeon, que desenvolveu um método de transferir anos de vida de uma pessoa para outra. Essa commodity é muito valiosa e qualquer endividado vê na tecnologia uma saída fácil. Para Max, um funcionário da companhia, esse não é um problema, até ele próprio ser afetado pelo negócio que promove.
Após sua esposa adquirir uma dívida de seguro, ela precisará vender 38 anos de sua vida. É aqui que o filme engata em seu clima de suspense (que o afasta do longa O Preço do Amanhã, de 2011, em que o tempo também é moeda, mas com um roteiro mais voltado para a ação). Como referência, dá para dizer que a proposta de Paraíso tem mais a ver com o universo da série Black Mirror – mas, felizmente, sem a “lacração”.
Max decide ir atrás de quem foi beneficiado pelos 38 anos perdidos por Elena e enfrenta reviravoltas que afetam ainda mais sua visão sobre a empresa na qual trabalhou fielmente. Enquanto isso, sua esposa, com a aparência de uma senhora, volta a morar com os pais para ser cuidada.
Paraíso parte 2?
Mesmo que se passe em um futuro longínquo, a trama se aproxima bastante da realidade, considerando que a tecnologia da Aeon foi criada com o apoio de Inteligência Artificial. Ninguém hoje consegue afirmar que isso de fato possa acontecer, mas a falta de controle sobre ferramentas atuais faz quem assiste ao filme questionar se elas não evoluirão para algo assim.
Paraíso bota o espectador para pensar perto do seu final. Sem uma conclusão feliz, a obra coloca seu protagonista na posição de realizar uma escolha moral muito difícil. Sua decisão pode impactar a vida de uma pessoa inocente e abre espaço para uma discussão interessante. No desfecho inesperado, que pode não agradar a todos, o filme abre caminho para uma possível sequência (ainda que a história finde bem resolvida).
-
Pesquisa refuta tese de que “profissionalização” do PCC reduziu homicídios
-
Quem são os cotados para substituir Biden na disputa à Casa Branca pelo Partido Democrata
-
As pequenas, médias e grandes cidades com a menor taxa de homicídios do Brasil
-
OAB nega omissão no caso Filipe Martins e defende que casos do 8/1 saiam do STF
Deixe sua opinião