Ontem à noite, assisti a Godzilla: Minus One, que está em cartaz nos cinemas brasileiros. Trata-se de um reboot da franquia japonesa no idioma original. Estou surpreso em dizer que a experiência foi excelente. Godzilla: Minus One não é apenas ótimo como um filme divertido e escapista com um monstro. Na verdade, é um filme dramático convincente.
Produzido pela Toho International (o mesmo estúdio que fez o Godzilla original, em 1954), o filme é uma peça de época que se passa no Japão pós-Segunda Guerra Mundial. O que o diferencia de outros lançamentos da série e do número cômico de spin-offs e reboots é que, em vez de fazer do monstro a estrela e das pessoas apenas personagens recortados de papelão para serem pisoteados, esta versão se concentra primeiro no desenvolvimento dos personagens, e Godzilla se torna quase secundário até mesmo na condução da ação.
Não gosto de spoilers, então direi apenas que o filme segue um piloto japonês que, na cena de abertura, foge de uma missão kamikaze e depois trava quando tem a possibilidade de disparar um tiro certeiro em Godzilla. Retornando a uma Tóquio devastada após a guerra, ele deve enfrentar uma mistura de vergonha, estresse pós-traumático e culpa do sobrevivente, enquanto, por acidente, uma mulher e uma criança acabam indo morar com ele (apesar de serem estranhos). A história é envolvente o suficiente para prender sua atenção mesmo quando Godzilla não está em cena, e isso torna os ataques do monstro (e as batalhas contra o monstro) muito mais cheios de suspense.
Talvez eu escreva um segundo artigo com spoilers assim que mais pessoas tiverem a chance de assistir Godzilla: Minus One nos cinemas. Mas, por enquanto, direi apenas: VÁ VER!
© 2023 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.