O ator Mark Wahlberg interpreta o Padre Stu em “Luta pela Fé”| Foto: Sony Pictures/Divulgação
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Em um primeiro momento, pode ser esquisito imaginar um sacerdote que já foi lutador e também preso por dirigir embriagado, mas esses são dois fatos da vida real do padre Stuart Long. Esse personagem inusitado, que infelizmente faleceu em 2014, foi descoberto pelo ator e produtor Mark Wahlberg há sete anos e originou um dos projetos que mais falam ao seu coração: Luta pela Fé –  A História do Padre Stu, filme de 2022 que acaba de chegar ao Prime Video.

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Wahlberg começou a trabalhar no roteiro ainda em 2016, com a ambiciosa meta de “fortalecer a fé” no mundo. Inicialmente, usar o tal do padre Stu como exemplo de bom católico poderia ser considerado uma ideia terrível. Isso se confirma quando, logo no começo da película, o espectador vê o futuro clérigo, interpretado pelo próprio Wahlberg, roubando o carro de seu pai, vivido por Mel Gibson. Mas é preciso ter em mente que essa é uma história que mistura redenção com superação, portanto basta um pouco de paciência para entender a proposta do ator e produtor, conhecido por ser um dos poucos astros de Hollywood a professar com orgulho sua fé cristã.

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Após sofrer com uma lesão séria, Stu abandona a vida nos ringues e decide tentar carreira como ator. Começa a trabalhar em um supermercado, pois acredita ser o “melhor lugar” para acabar descoberto por pessoas da indústria do entretenimento, revelando sua falta de noção sobre a área almejada. Nessa etapa de Luta pela Fé, uma das principais marcas do longa é revelada: o filme sabe dosar bem o drama e o bom humor.

Até esse ponto, todos consideram Stu uma “alma perdida”. Isso só começa a mudar quando ele se apaixona por Carmen, uma mulher que o conhece no mercado e que trabalha como professora em uma escola dominical. Como ela não lhe dá bola, Stu resolve ir para a igreja e se aproximar da mulher por meio da religião. O primeiro contato não surte efeito no agnóstico convicto, que só está lá pelo motivo torpe. Contudo, um repentino acidente o faz mudar seu posicionamento.

Inspirado pela Paixão de Cristo 

Vários momentos dramáticos levam Stu a se aproximar de Deus e a entender que deveria se tornar padre. “Meu sofrimento é um presente de Deus. Esta vida, não importa quanto tempo dure, é uma aflição momentânea que nos prepara para a glória eterna”, chega a dizer em uma emocionante cena.

Foi essa clareza religiosa que aproximou Gibson do projeto, um católico praticante que também já foi preso por embriaguez ao volante. “Todos nós carregamos um peso, então é fácil se identificar com esse cara. Stu recebeu uma mão pior do que a maioria de nós, mas olha o que ele fez com isso”, afirmou o ator em uma entrevista para a Sony Pictures, que distribui a película.

Vale notar que a participação de Gibson, que dirigiu e produziu o longa A Paixão de Cristo com dinheiro do próprio bolsofoi uma grande inspiração para Wahlberg abrir sua própria carteira para a realização de Luta pela Fé. “Digamos que eu investi milhões e milhões de dólares no filme – e depois abracei outros custos porque ultrapassamos o cronograma de produção e precisávamos liberar algumas músicas”, disse o ator em uma entrevista recente à revista Variety, reforçando que queria controle total no projeto baseado em sua fé.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]