O cartunista, escritor e roteirista Ernani Diniz Lucas morreu nesta sexta-feira (8), aos 70 anos, vítima de Covid-19. Natural da cidade de Esmeralda, em Minas Gerais, o Nani, como era conhecido, estava internado há uma semana em Belo Horizonte.
Um dos grandes nomes dos quadrinhos no Brasil - ao lado, por exemplo, de Otacílio Costa, o Ota, morto no último mês de setembro -, Nani colaborou com a versão brasileira da revista Mad e trabalhou como redator dos programas de Chico Anysio desde a década de 1970. Criou a série de tirinhas Vereda Tropical, publicada em diversos jornais do país.
Nani começou sua carreira em 1971, publicando charges no periódico mineiro O Diário. Dois anos depois, mudou-se para o Rio, onde colaborou com O Pasquim e atuou como chargista no Jornal O Globo. Foi premiado em Salões de Humor em Montreal, Niterói e Piracicaba.
Durante sua carreira, Nani nunca se furtou de abordar temas espinhosos da política nem de satirizar o politicamente correto. Em 2010, chegou a receber uma nota de repúdio de apoiadores da então candidata Dilma Rousseff, por causa de uma charge que ironizava as alianças da petista com o Centrão, à qual respondeu que os tucanos, quando alvos de brincadeiras, "não chiaram".
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