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Gal Costa canta em homenagem a João Gilberto, na TV Globo
Gal Costa canta em homenagem a João Gilberto, na TV Globo| Foto: TV Globo / Renato Rocha Miranda
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Morreu na manhã desta quarta-feira (9), aos 77 anos, a cantora e compositora Gal Costa, um dos ícones da música popular brasileira. A informação foi confirmada pela assessoria da artista, que não divulgou a causa da morte.

Gal teve sua participação cancelada em um festival que aconteceu em São Paulo, no último fim de semana, em decorrência de uma cirurgia para retirar um nódulo da fossa nasal direita. O procedimento foi realizado em setembro. Ela deveria ficar afastada dos palcos até novembro, por recomendação médica, mas já tinha shows agendados para dezembro e janeiro.

Desde outubro do ano passado, a cantora estava em turnê com o show "As várias pontas de uma estrela", em que revisitava sucessos da MPB nos anos 1980. No repertório, estavam canções como "Açaí", "Nada mais", "Sorte" e "Lua de mel". O show foi bem recebido pela crítica e pelo público, e Gal tinha uma turnê europeia prevista para este mês, que também precisou ser cancelada após a cirurgia.

Vida e carreira 

Nascida em Salvador, na Bahia, em 26 de setembro de 1945, Maria da Graça Costa Penna Burgos recebeu grande incentivo da mãe para a carreira musical. Falecida em 1993, ela conta que passava horas durante a gestação ouvindo música clássica, para, de alguma forma, sensibilizar a criança à arte desde cedo. Já o pai da cantora, morto quando ela tinha 14 anos, foi uma figura ausente.

Discreta sobre a vida pessoal, Gal era assumidamente bissexual e teve relacionamentos estáveis, mas nunca foi oficialmente casada. Ela tinha um filho chamado Gabriel, que adotou em 2007, aos dois anos de idade.

Na adolescência, a cantora trabalhou como balconista em uma loja de discos na capital baiana. Apresentada a Caetano Veloso, no começo dos anos 1960, foi ao lado dele e de outros nomes como Gilberto Gil, Maria Bethânia e Tom Zé que Gal estreou nos palcos, em 1964.

Com pouco mais de 20 anos, participou do álbum "Tropicália ou Panis et Circencis", marco do movimento tropicalista. Em 1971, estreou o espetáculo “Fa-Tal”, com uma das maiores repercussões da história da MPB.

Gravou sucessos como “Modinha para Gabriela”, de Dorival Caymmi, "Folhetim", de Chico Buarque, e "Paula e Bebeto", de Milton Nascimento e Caetano.

Considerada uma revolução de vozes e costumes na MPB, Gal foi eleita como a sétima maior voz da música brasileira pela revista Rolling Stone Brasil, em 2012.

Foram 57 anos de carreira, que deixa um legado de clássicos da música popular brasileira, como “Baby”, “Meu nome é Gal”, “Chuva de Prata", "Meu bem, meu mal" e "Barato total”.

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