O cartunista Otacílio Costa D'Assunção Barros, o Ota, foi encontrado morto em seu apartamento na Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (24), aos 67 anos. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Considerado um dos grandes nomes dos quadrinhos no Brasil, Ota foi o editor responsável pela versão brasileira da revista Mad desde os anos 1970 até 2008, quando deixou a equipe. Criada em 1952 e considerada a revista de humor mais importante do mundo, a Mad influenciou gerações de cartunistas, diretores e escritores, incluindo figuras como David e Jerry Zucker; Terry Gilliam), dos quadrinhos alternativos (Robert Crumb, Art Spielgman) e do texto (o humor do McSwenney’s). Na versão nacional, o cartunista era responsável também pela arte e texto dos famosos "Relatórios Ota". Em 1994, recebeu o prêmio de Melhor Revista Independente no Troféu HQ Mix pela primeira e única edição da "Revista do Ota".
Sua morte foi lamentada por cartunistas e críticos de quadrinhos referenciados:
Embora tenha protagonizado as melhores fases da revista Mad no Brasil, Ota viveu seus últimos dias na pobreza. Leiloou quadrinhos raros de sua coleção pessoal e chegou a contar que fazia seus próprios gibis para vender na rua:
"Desde que esta maldita crise começou os frilas sumiram. A única solução pra não morrer de fome foi começar produzir meus gibis eu mesmo, dar uma de camelô e sair vendendo pela rua ou pelo correio diretamente para os fãs. Ou em eventos. Se você gosta de mim e quer me dar uma força me chame no messenger ou no zap e eu passo as coordenadas", escreveu, na época.
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