O cantor americano Tony Bennett morreu nesta sexta-feira (21), aos 96 anos. A informação foi confirmada por Sylvia Weiner, representante do crooner, à Associated Press, que não revelou a causa da morte. Bennett estava em sua cidade natal, Nova York.
Bennett foi diagnosticado com Alzheimer em 2016, mas continuou se apresentando esporadicamente até 2021, quando subiu ao palco para apresentar o show One Last Time, ao lado da cantora Lady Gaga.
Desde 2014, a dupla mantinha uma relação frutífera e havia lançado os discos Cheek to Cheek e Love for Sale, ambos ganhadores do Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional, em 2015 e 2022, respectivamente.
Apesar do feito ao lado da cantora pop, Tony Bennett era uma estrela por conta própria e ganhou 19 prêmios Grammy ao longo de sua carreira, iniciada na década de 1950.
Cantando na guerra
Seu primeiro disco, Because of You, foi lançado em 1952, mas Bennet cantava desde sua infância, influenciado por nomes como Bing Crosby, Al Jolson e, mais tarde, Frank Sinatra.
Aos 18 anos, em 1944, foi convocado para o serviço militar e ajudou a libertar um campo de concentração na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial. Após o fim do confronto, cantou na banda das Forças Armadas.
Quando voltou para casa, estudou canto e participou de um show de talentos, o que lhe rendeu espaço em um programa de TV. Bennett aproveitou esse pequeno sucesso e gravou a demo da canção The Boulevard of Broken Dreams. O resultado foi sua contratação pela Columbia Records, gravadora com a qual colaborou até o final de sua vida.
O intérprete colocou sua voz em 61 álbuns de estúdio ao longo da carreira. Entre os seus maiores sucessos, estão as gravações das músicas Because of You, de1951; Stanger in Paradise e Rags to Riches, de 1953; e I Left My Heart In San Francisco, lançada em 1962.
Ele deixa sua esposa Susan Bennett, suas filhas Johanna e Antonia, seus filhos Danny e Dae e nove netos.