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Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial | Facebook
Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial| Foto: Facebook

Primeira atração do palco Mundo, Capital Inicial aqueceu o público para as bandas que fecharam o último dia de Rock in Rio, neste domingo (24). 

A combinação de letras fáceis, já sedimentadas no repertório popular, e protesto genérico foi suficiente para fazer a grande massa de público cantar e pular. 

"Queria dedicar essa música a uma longa lista de pessoas, começando do A e indo até o Z, de políticos de esquerda, de centro, de direita, do Aécio, Dilma, Eduardo Cunha, Sérgio Cabral, uma longa lista de políticos que sequestrou a democracia brasileira, conspirou contra a esperança de todos nós cidadãos brasileiros, estou cada vez mais certo de que o poder corrompe", afirmou Dinho Ouro Preto, irrompendo uma variação mais agressiva do já costumeiro "fora, Temer". 

Enquanto muitos gritavam "ei, Temer, vai tomar no **", o cantor continuou: "O Brasil é maior e melhor do que os seus representantes, essa aqui é para o Michel Temer". 

Sem se cansar da ebulição de protestos nesta edição do festival, a maioria dos presentes usou plenamente os pulmões para cantar "Que Pais é Esse". "A gente não merece, fala aí", disse Dinho depois. 

O público nem pareceu notar o início afônico do show, não se sabe bem se por uma falha técnica — diversos artistas já tiveram problemas neste palco — ou se por falta de voz mesmo. Em "Olhos Vermelhos", por exemplo, Dinho se esgoelou em vão, pois o som do microfone era quase nulo. 

Karaokê

"Primeiros Erros", em seguida, também foi cantada como se o público se divertisse em um karaokê, deixando o cantor com um semblante misto de incredulidade e satisfação. 

"Muita gente não consegue colocar uma multidão dessa de gente cantando uníssono, é comovente, é terapêutico, vocês vão sair daqui se sentindo melhor", garantiu. 

Parece que convenceu. A seleção com "Fátima", "Natasha", "Veraneio Vascaína" e outros hits radiofônicos da banda tiveram seus versos cantados em alto e bom som, provando que a grande maioria que vai ao festival é mais nostálgica do que roqueira. 

O ponto alto, porém, não foi com nenhum desses. A banda acertou com um cover de "Mulher de Fases", dos Raimundos, levantando até quem só estava ali aguardando a próxima banda.

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