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Os atores Justin Long e Georgina Campbell em cena de “Noites Brutais”
Os atores Justin Long e Georgina Campbell em cena de “Noites Brutais”| Foto: Divulgação Netflix

Os primeiros trinta minutos de Noites Brutais, que acaba de chegar ao catálogo da Netflix após um período de exclusividade no Star+, lembra o começo de uma típica comédia romântica. Uma atraente mulher, Tess (Georgina Campbell), chega na casa de temporada que alugou em Detroit e se depara com um jovem igualmente atraente, Keith (Bill Skarsgård, o palhaço Pennywise de It – A Coisa), que já está instalado no local por um erro da imobiliária. Apesar de ficar desconfortável com a situação, ela resolve passar a noite no lugar, pois precisa ir a uma importante entrevista de emprego no dia seguinte. Ao assistir a esse início sabendo que o nome do filme é Noites Brutais, o espectador fica com a certeza de que essa noite não terminará bem. Mas termina!

Tess acorda e se prepara para a sua entrevista. Nota, então, um simpático bilhete de seu companheiro de casa. Os dois acabaram tendo uma agradável noite, regada a vinho e muita conversa. Após seu compromisso, ela volta à casa e descobre coisas muito estranhas.

Tudo começa com uma busca no porão – por que as pessoas insistem em investigar porões escuros e abandonados em obras de terror? Tess acaba presa no cômodo. Keith salva a bela, mas volta ao local para tentar entender o que aconteceu. É aí, só depois do primeiro terço de Noites Brutais, que o terror começa. A imagem do ser que mora no portão da casa é seguida por um corte abrupto e tira a paz de quem está assistindo ao filme.

Um novo sopro no gênero

Após essa pausa, que parece até o fim de um primeiro ato, começamos a acompanhar a história de AJ (Justin Long), o dono da tal casa alugada. Vamos entendendo também os seus dramas pessoais e o que o fez voltar para Detroit. Numa boa sacada do roteiro, AJ encontra Tess, gerando uma das cenas mais assustadoras e divertidas (para quem gosta desse universo, claro) dessa nova leva de filmes do gênero.

Aqui temos todos os elementos que compõem um ótimo terror. A surpresa, o desapego dos personagens, o senso de justiça que faz Tess regressar à casa mesmo depois de ficar presa no maldito porão. O quebra-cabeça vai se juntando aos poucos e novas figuras se somam à trama para preencher as lacunas da primeira parte do longa.

Lançado em 2022 e dirigido pelo também ator Zach Cregger, Noites Brutais está muito bem cotado na Netflix, inclusive aqui no Brasil. As razões são óbvias. Em uma era de filmes repetitivos, esse vem como um respiro para os fãs do cinema de horror – um respiro seguido de muitos sustos, todos recompensadores.

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