O filme “Três Anúncios para um Crime” serviu de inspiração para uma das mais pesadas críticas proferidas ao Oscar e à postura da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.
Como em “Três Anúncios para um Crime”, em que a protagonista da película decide chamar a atenção da opinião pública com mensagens pagas em três outdoors, o artista de rua conservador Sabo, fuzileiro naval reformado, “sequestrou” três outdoors em Hollywood para questionar a postura dos membros da Academia, a poucos dias da cerimônia para a 90ª edição do Oscar, marcada para o próximo domingo (4).
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Os três outdoors contêm frases escritas em letras grandes e em fundo vermelho, na seguinte ordem:
1) “E o Oscar de maior pedófilo vai para...” (“And the Oscar for biggest pedophile goes to...”)
2) “Todos nós sabemos e ainda não houve prisões” (“We all knew and still no arrests”)
3) “Cite nomes no palco ou cale a boca!” (“Name names on stage or shut the hell up!”)
Antes que Sabo admitisse ser o autor dessa iniciativa, os cidadãos da cidade pensavam que os outdoors eram propagandas legítimas. Sabo fabricou sobreposições falsas de aproximadamente 15 metros de comprimento e 4 metros de largura e contratou seis homens para o ajudar, informou o jornal The Hollywood Reporter.
Também ao Hollywood Reporter, Sabo disse que a sua iniciativa pretende atacar todos os que são coniventes com a prática do assédio sexual em Hollywood. Quer ainda que se abstenham de fazer discursos ou subir ao palco todos os acusados em processos judiciais.
“Três Anúncios para um Crime” tem sete indicações ao Oscar, incluindo o de melhor filme e atriz. Na película, a protagonista teve a filha violentada e morta por criminosos e, como a polícia parece não estar disposta a investigar o caso a fundo, manda escrever nos outdoors: “Estuprada enquanto morria”, “E ainda sem prisões?”, “Como pode, xerife Willoughby”.
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