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Produção sul-coreana da Netflix, A Batalha dos 100 testa os limites do corpo
Produção sul-coreana da Netflix, A Batalha dos 100 testa os limites do corpo| Foto: Divulgação/Netflix

Existe algum físico perfeito? Esse questionamento foi a fagulha para a criação do reality show sul-coreano A Batalha dos 100. Lançada pela Netflix no começo deste ano, a produção esteve presente no Top 10  do streaming em mais de 80 países ao longo do mês de fevereiro e tem sido alvo de grandes comparações com a ficção Round 6. Mas muita calma nessa hora, pois não há risco de morte ou discussões políticas exageradas na obra realista, que apresenta um pouco mais da cultura sul-coreana ao Ocidente.

Como o nome antecipa, o programa possui 100 participantes, cada um com seu estilo de vida e características físicas. São homens e mulheres com altura que variam de 1,5 a 2 metros e de 40 a 130 quilos. Todos são colocados em testes eliminatórios que exigem diversos tipos de perícias. A ideia é que a eliminação dos participantes ajude a responder à pergunta inicial deste texto.

A “vocação para a excelência” é um dos carros-chefes dessa série, mostrando que o esforço pode ser recompensado em situações extremas. Isso vai muito além de um corpo extremamente musculoso e/ou saudável, corroborando a importância da inteligência emocional e seu impacto na solução de problemas.

Respeito pelos mais velhos

Apesar de muitos realities serem criticados por suas futilidades, A Batalha dos 100 renova esse tipo de programa ao mostrar muitas cenas de respeito e, em alguns momentos, até patriotismo. O tratamento que os participantes dão a Choo Sung-hoon, judoca, lutador de MMA e o homem mais velho do programa (47 anos), atestam isso.

“Comecei no judô com três ou quatro anos e treinei até os 30. Depois disso, fiz MMA por 17 anos. Também luto com os mais jovens. Quero mostrar às pessoas que, mesmo nessa idade, há uma maneira de vencer quem está na flor da idade. Não subestime esse senhor”, diz o lutador, em sua apresentação no reality.

A fala do participante-celebridade revela muito sobre a sociedade em que ele foi criado. Segundo o Instituto Ipsos, uma das maiores empresas de pesquisa e de inteligência de mercado do mundo, a Coréia do Sul é uma “sociedade altamente competitiva em quase todos os aspectos”.

Essa característica também é refletida logo na primeira prova, quando o ginasta profissional Yang Hak-seon se cobra para dar o exemplo e continuar no desafio até o fim. Afinal, ele precisa provar aos colegas que merece o seu título de primeiro ginasta sul-coreano a ganhar uma medalha de ouro olímpica.

A Batalha dos 100 é uma boa pedida para quem gosta de conhecer histórias de superação e um pouco mais sobre outras culturas. Ter um físico perfeito pode significar muitas coisas, depende do desafio proposto.

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