Um jovem policial que foi preso após cometer um assassinato na rua assegura no interrogatório que aquilo faz parte de uma trama criminosa que se passa dentro da corporação. A investigação do possível caso de corrupção fica a cargo de um membro dos Assuntos Internos da polícia, Izzy Bachar, que está prestes a se aposentar, e de uma oficial bem mais nova, Tal Ben Harush, responsável por prender o assassino.
Entre os responsáveis por Manayek, disponível no HBO Max, destacam-se Yoav Gross e Roy Iddlan (roteirista da excelente série Teerã) e o diretor Alon Zingman, conhecido especialmente por Shtisel (2013-2021), uma das primeiras ficções israelenses a fazer sucesso com público e crítica ao redor do mundo, e que já fez parte do catálogo da Netflix.
Manayek convence porque equilibra o suspense e o ritmo com o desenvolver de uma trama que se caracteriza por esclarecer ao espectador uma costura muito complexa. A série enfatiza as relações pessoais de Izzy Bachar dentro da estrutura policial, que o obrigam a investigar e manter sob custódia a intimidade de pessoas muito próximas, que exercem a mesma profissão que ele. É o caso de Barak Harel, seu antigo aluno e melhor amigo, e de sua esposa Eti. Esses conflitos interiores são reforçados pelo brilhante nível de interpretação de todo o elenco, que consegue dar a cada personagem um arco dramático desenvolvido com matizes, contrapontos e veracidade.
Com a segunda temporada adicionada recentemente ao HBO Max, Manayek se converte em uma das mais internacionais ficções produzidas em Israel, com difusão em mais de 20 países e em cinco continentes.
© 2023 Aceprensa. Publicado com permissão. Original em espanhol.