![Thriller demolidor foca serial killer que queria livrar o Irã da prostituição Zar Amir Ebrahimi foi premiada em Cannes pelo papel da jornalista investigativa de “Holy Spider”](https://media.gazetadopovo.com.br/2023/04/26183319/Holy-Spider-960x540.jpeg)
Disponível na plataforma Mubi (e para locação na Apple TV+ e Google Play), Holy Spider é um thriller de Ali Abbasi, diretor iraniano de reputação internacional graças ao espetacular Border (premiado na mostra Um Certo Olhar, no Festival de Cannes, em 2018), que mais tarde o levou a dirigir os dois últimos episódios da série The Last of Us.
O argumento é baseado no caso real de Saeed Hanaei, assassino em série que entre 2000 e 2001 matou dezesseis mulheres nas ruas de Mexede (Irã), com o objetivo de limpar a cidade santa de prostitutas e preservar a moralidade local. Zar Amir Ebrahimi, a atriz iraniana que interpreta a jornalista investigativa que cobre o caso, ganhou o prêmio de Melhor Atriz em Cannes, no ano passado.
O filme é extremamente sórdido e duro. Desde o início, o espectador convive com a miséria do ambiente no qual é transcorrida boa parte das cenas. Não são economizados detalhes nem para refletir o mundo da prostituição, nem para exibir a crueza de alguns assassinatos selvagens cometidos pelo serial killer.
Muito além de sublinhar essas crueldades, a dureza dessa abordagem se mostra de fato na parte final de Holy Spider, quando o roteiro se afasta do thriller e se aproxima da denúncia. Especialmente demolidoras são as últimas cenas, nas quais fica explícita a força da involução que alguns países islâmicos experimentaram nos últimos anos. O filme é valioso e interessante, apesar de sua aspereza.
© 2023 Aceprensa. Publicado com permissão. Original em espanhol.
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