O prefeito Rafael Greca publicou nas redes sociais, na noite do último domingo (12), a foto do busto do professor João Macedo Filho, que foi encontrado no chão da Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, supostamente sendo preparada para ser furtada. Segundo Greca, a peça de bronze foi arrancada de seu pedestal por “saqueadores, que se fazem de moradores de rua” por causa do bronze utilizado na sua composição. A estátua foi recuperada, mas está longe de ser o único problema do tipo na capital paranaense.
Veja fotos dos monumentos vazios de Curitiba
Na verdade, o roubo de bustos e placas é algo que atinge praticamente toda a região central da cidade. Só na Santos Andrade, 10 dos 14 monumentos existentes tiveram algum tipo de furto. A mais aparente delas é a estátua de Nilo Cairo, situada ao lado de onde encontraram a homenagem de João Macedo Filho, na área em frente ao Prédio Histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde ainda é possível ver as marcas do furto.
Segundo agentes da Guarda Municipal que vistoriavam a área na manhã de sexta-feira (10), o busto teria sido removido entre os dias 7 e 8 de novembro. Eles explicam que os ladrões não chegaram a forçar a estrutura de pedra que servia de base. De acordo com eles, pelo que era possível observar, a homenagem a Nilo Cairo teria sido apenas forçada até que se soltasse.
Mas não foi a única. Ainda na Santos Andrade, sumiram também os bustos dos professores Alfredo Assis e Victor do Amaral. Na Praça Rui Barbosa, a Madre Maria dos Anjos também desapareceu, deixando a estrutura em frente à Santa Casa de Misericórdia vazia.
E, embora essas estátuas sejam os furtos mais visíveis, as placas lideram as ocorrências. Independente da praça aonde você vá, dificilmente vai encontrar algum monumento cujo painel de identificação não tenha sido levado embora — principalmente se ele for feito de algum material metálico. Em alguns casos, não resta nem busto e nem placa, apenas uma pedra com marcas de que algo foi retirado de lá.
Segundo os agentes da Guarda Municipal, esses furtos são uma evolução dos delitos que já são comuns em cemitérios, em que ladrões arrancam peças de bronze para revendê-las. Por meio de nota, as secretarias municipal de Meio Ambiente (SMMA) e Defesa Social (SMDS) afirmam que esse tipo de furto não é um fenômeno recente. “Para inibir a prática, já há algum tempo vêm sendo adotadas medidas como a substituição das matérias-primas de fabricação – principalmente, com o uso de louça e pedras, como o granito”, explica a prefeitura.
Além disso, ela pede para que a própria população ajude a combater esse tipo de crime, informando qualquer ocorrência pela central 156 ou acionando diretamente a Guarda Municipal pelo telefone 153.