5 coisas que os pais devem ficar de olho na hora de contratar um transporte escolar

Com a proximidade do início das aulas, muitos pais aproveitam o período de férias para contratar um novo serviço de transporte escolar para seus filhos. No entanto, a dúvida é o que levar em conta na hora de escolher quem vai levar seu filho para a escola ao longo de todo o ano. Não basta apenas levar e trazer a criança, já que há uma série de outros requisitos que devem analisados, principalmente em termos de segurança.

De acordo com a prefeitura de Curitiba, a capital tem cerca de 860 veículos licenciados para prestar esse tipo de serviço. Na prática, porém, o número é bem maior, já que não leva em conta as vans e micro-ônibus das cidades da Região Metropolitana, que possuem regulamentações próprias sobre o assunto. E saber se elas estão de acordo com as normas é fundamental.

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Além disso, em 2018, os veículos usados no transporte escolar precisarão contar com novos equipamentos. Desde o início doe janeiro, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) exige a instalação de dispositivos de visão indireta, como câmeras e retrovisores especiais, que permitam ao motorista uma melhor visualização do que acontece ao redor do carro, evitando acidentes.

“A Urbs e a Setran já estão fazendo a fiscalização e, se não estiver usando, o motorista pode ser autuado”, explica o coordenador da unidade de vistoria e fiscalização da Urbs, Marcelo de Souza Ferreira. Segundo ele, no caso das vans, o veículo deve ser equipado tanto com a câmera frontal e traseira quanto com o monitor interno para a exibição de imagens. Para os micro-ônibus, o equipamento pode ser substituído por um retrovisor específico.

Confira mais alguns pontos que devem ser levados em conta na hora de contratar um serviço de transporte escolar:

Certificado em dia

Para poder operar em Curitiba, os veículos precisam passar por uma vistoria na Urbs. Essa avaliação verifica as condições do transporte, tanto na parte mecânica quanto de adaptação para o serviço. “São observados itens de segurança, a condição dos pneus, dos cintos e até o tacógrafo”, explica Ferreira. “Então o pai precisa verificar se essa certificação está presente no para-brisa e se as informações são condizentes com o veículo”.

Outro cuidado é com a validade desse certificado. A vistoria é semestral, então é preciso ter certeza de que essa manutenção está em dia. “Se ele está com o certificado atualizado, é sinal que cumpriu todas as exigências”.

Autorização do motorista

Além disso, o próprio motorista precisa ter uma autorização para prestar o serviço, então a recomendação é que os pais verifiquem se ele tem a carteirinha expedida pela Urbs e se está dentro da validade. Esse documento significa que ele fez todos os cursos de aperfeiçoamento pedidos pela Urbs e que possui todas as exigências necessárias. Dessa forma, você garante que seu filho estará em boas mãos.

Presença de um monitor

Se há crianças até a 4ª. série (atual 5.º ano) no veículo, o serviço de transporte escolar deve conter também a presença de um monitor para acompanhar os estudantes na parte traseira da van ou micro-ônibus. “É muito importante que tenha alguém cuidando das crianças para saber se está tudo bem e garantir a segurança de todos”, afirma o coordenador da Urbs.

Superlotação

Segundo Ferreira, um dos problemas mais graves dentro do transporte escolar é a superlotação. E esse tipo de problema é algo que o pai dificilmente consegue descobrir antes de contratar o serviço. Por isso, cheque com o motorista para saber quantas crianças serão transportadas e veja se está de acordo com a capacidade do veículo. E, quando começarem as aulas, converse com seu filho para saber se há crianças sentando no chão ou dividindo o banco durante o trajeto. “Se tiver algo do tipo acontecendo, faça uma denúncia pela Central 156 para que a Urbs faça uma averiguação”, explica.

De olho nas condições

Mas a verificação mais básica é aquela que está ao alcance dos olhos dos pais. Se é difícil avaliar as condições mecânicas do veículo apenas com uma rápida olhada, o mesmo não acontece com questões de higiene e asseio. A limpeza do carro e as condições dos bancos são uma ótima forma de medir o asseio do serviço. Se ele se preocupa em manter as aparências em ordem, é um bom indicativo para as outras exigências.

É claro que um carro bem cuidado não substitui todas as certificações e vistorias que são obrigatórias, mas já é uma boa porta de entrada na hora de escolher quem vai acompanhar seu filho ao longo de todo o ano.