60% dos bairros de Curitiba não tiveram mortes violentas no 1.º trimestre; veja lista

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O primeiro trimestre de 2018 não teve registro de mortes violentas em 60% dos bairros de Curitiba. Ou seja, em 45 dos 75 dos bairros da capital não houve nenhum homicídio doloso, latrocínio ou lesão corporal que tenha resultado em morte no período entre janeiro e março deste ano. Os dados estão no relatório criminal divulgado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) na semana passada. O levantamento não trata de outros crimes, como furtos e roubos, por exemplo.

Saiba quias são os 45 bairros de Curitiba sem assassinatos no 1°. trimestre

Enquanto apenas dois bairros, entre Sul e Oeste, concentraram um quarto de todos os assassinatos da cidade no primeiro trimestre, o documento mostra que nas regiões central e Norte estão as localidades com menos casos de mortes violentas. A área engloba, por exemplo, os cinco bairros mais ricos da capital: Batel, Bigorrilho, Mossunguê, Cabral e Juvevê. Desses, apenas Mossunguê teve assassinatos (dois) entre janeiro e março.

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É no Norte que também está a maioria dos bairros com menor contingente populacional de Curitiba. De acordo com dados do Censo 2010 do IBGE, Riviera, Lamenha Pequena, Cascatinha e São João estão entre os cinco menores bairros (no total, com 6,7 mil habitantes) e não tiveram assassinato contabilizado no período.

Bem ao contrário do perfil dos que lideram a lista de localidades com maior morte violenta em Curitiba no primeiro trimestre. A Cidade Industrial de Curitiba (CIC) é o maior bairro do município, com aproximadamente 173 mil habitantes, e dispara no ranking de assassinatos registrados: foram 14 casos no período analisado. O Tatuquara,que teve sete mortes, tem 52,7 mil moradores. Está entre os oito maiores da cidade, sendo o 3°. bairro mais pobre da cidade, com renda média de R$ 590 por pessoa.

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“São bairros populosos, com quantidade de pessoas a mais e com uma situação de inclusão social menos atendida”, afirmou o chefe da Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Luiz Alberto Cartaxo Moura, ao se referir às estatísticas dos bairros mais violentos da cidade.

Crimes

Os dados divulgados pela Sesp em relação aos bairros de Curitiba tratam dos casos de morte violentas e não levam em conta dados de outros crimes, como furtos e roubos, por exemplo. Por isso, não significa que a segurança prevalece nos bairros com baixos índices de assassinatos.

No Água Verde, onde nenhuma morte por crime foi registrada entre janeiro e março, velórios têm ocorrido a portas fechadas. No mesmo cemitério, os ladrões agem com frequência, levando placas de bronze e objetos de valor das sepulturas. No Bairro São Francisco, que teve um único homicídio no período, a segurança frágil chegou a fazer com que bares decidissem fechar as portas.

Além disso, algumas mudanças já estão se desenhando para o próximo relatório, com dados de abril a junho, que deve ser divulgado em breve pela Sesp. Entre os 45 bairros sem assassinatos até março, o Juvevê teve um dos casos de homicídios mais emblemáticos dos cinco primeiros meses do ano. No fim de maio, dois moradores de um condomínio da região teriam iniciaram uma briga por causa do som alto e, na discussão, um deles levou quatro tiros e morreu na hora. O atirador chegou a fugir do local e procurou atendimento em um hospital, mas acabou sendo preso.

Os 45 bairros sem assassinatos no 1°. trimestre

-Abranches
-Água Verde
-Ahú
-Alto da Glória
-Alto da Rua XV
-Augusta
-Bacacheri
-Batel
-Bigorrilho
-Bom Retiro
-Botiatuvinha
-Cabral
-Cachoeira
-Campina do Siqueira
-Cascatinha
-Centro Cívico
-Cristo Rei
-Fanny
-Guabirotuba
-Hauer
-Hugo Langue
-Jardim Botânico
-Jardim das Américas
-Jardim Social
-Juvevê
-Lamenha Pequena
-Lindoia
-Mercês
-Orleans
-Rebouças
-Riviera
-Santa Felicidade
-Santa Quitéria
-Santo Inácio
-São Braz
-São João
-São Lourenço
-São Miguel
-Seminário
-Taboão
-Tarumã
-Tingui
-Umbará
-Vila Izabel
- Vista Alegre