A empresa 99, responsável pelos aplicativos 99POP e 99TÁXI, conseguiu autorização para acessar o banco de dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) a fim de avaliar seus motoristas. A novidade permite à empresa saber quais multas foram emitidas ao condutor e também conferir se o carro utilizado por ele foi roubado ou já apresentou algum tipo de sinistro em qualquer lugar do Brasil.
De acordo com o Denatran, o acesso envolve todos os bancos de dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), Registro Nacional de Condutores Habilitados (Renach) e do Registro Nacional de Infrações de Trânsito (Renainf). “Esse compartilhamento de dados pode auxiliar tanto os passageiros como a empresa, na medida em que ela tem os dados seguros referentes ao veículo e em relação ao condutor sobre a situação de sua CNH e histórico de multas”, informou, em nota.
Para o diretor de produtos da empresa, João Costa, isso garante mais segurança aos usuários. “Além do monitoramento das corridas 24h e de uma central para atender nossos motoristas em caso de emergência, agora temos acesso a informações que nos ajudarão a habilitar somente condutores realmente capacitados”, pontuou. “Afinal, não iremos ter como parceira uma pessoa que já dirigiu embriagada ou que possua alguma multa por situações que coloquem passageiros em risco”, completou.
Segundo ele, a empresa já tem utilizado o banco de dados desde o fim de outubro também para revisar todos os cadastros de motoristas que atuam na 99 e, a partir das informações obtidas, descobriu que alguns de seus motoristas estavam com a CNH vencida. A empresa não informou a quantidade de profissionais que caíram na “malha fina”, mas adiantou que eles já foram notificados e não poderão aceitar corridas até regularizarem a situação.
Outros aplicativos
De acordo com o Denatran, a iniciativa de ter acesso aos dados de todo o Brasil foi uma iniciativa da 99, mas outros aplicativos como Uber e Cabify também podem aproveitar. Caso se interessem pela novidade, basta entrar em contato com o departamento e realizar a solicitação. No entanto, o órgão explica que o serviço não é gratuito e uma taxa é cobrada em cada acesso.
A Gazeta do Povo entrou em contato com as empresas Uber e Cabify para saber se elas também têm interesse no acesso ao banco de dados para avaliar seus motoristas, mas as empresas ainda não se manifestaram.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano