A postura equivocada de uma atendente do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) em Curitiba levantou uma pergunta na população: a ambulância do serviço público pode rejeitar atendimentos?
No último sábado (5), o empresário Valdeci Mikuska, 52 anos, ficou chocado com a resposta da atendente da central ao solicitar socorro a um rapaz desacordado na calçada. A atendente disse que só enviaria a ambulância se o homem ferido confirmasse que queria a prestação de socorro. “Senhor, se ele não quiser [atendimento] e se quiser morrer aí, o problema é dele. O senhor tem que perguntar se ele quer atendimento”, respondeu a mulher ao empresário do outro lado da linha.
Leia mais: “Busquei ajuda do Samu e tive que entrevistar um desacordado”, desabafa empresário
A reposta é não, a ambulância do Samu não pode rejeitar atendimentos. Nenhuma chamada ao serviço deve deixar de gerar ocorrência. Exceto se for constatado que se trate de um engano, trote ou de um chamado equivocado - situações que devem ser atendidas por outros órgãos, como o Corpo de Bombeiros ou Polícia Militar, por exemplo.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), todas as demais ligações devem ser acolhidas pelos teleatendentes - cargo da servidora que foi afastada do trabalho após a resposta. A equipe é responsável por uma espécie de primeira triagem no serviço e deve fazer as perguntas básicas de identificação, o que inclui saber qual a situação de emergência, quantidade de vítimas, qual o local que em que a vítima está, além de faixa etária e sexo das dos envolvidos.
Leia também: Pesquisador da UFPR cria aplicativo para diagnosticar diabetes em gestantes
Na segunda etapa, o atendimento é encaminhado ao médico regulador. É esse médico que vai decidir se há necessidade de mandar uma ambulância ou se a orientação pode ser feita apenas por telefone. “Na ligação com o médico regulador, a ocorrência pode ter vários encaminhamentos, conforme a gravidade da situação, que vão desde orientações até o envio da ambulância”, explica, em nota, a SMS.
Chamadas
Atualmente, o Samu em Curitiba atende cerca de mil ligações por dia. Em médica, 800 viram ocorrências e, dessas, 400 resultam em envio de ambulâncias. As demais têm outras formas de resolução, como as orientações do médico regulador.
Em qualquer situação que o usuário queira se manifestar em relação ao serviço prestado pelo Samu,incluindo reclamações, o registro pode ser feito pela Central 156 da prefeitura de Curitiba.
Esquerda tenta reconexão com trabalhador ao propor fim da escala 6×1
Jornada 6×1: o debate sobre o tema na política e nas redes sociais
PT apresenta novo “PL da Censura” para regular redes após crescimento da direita nas urnas
Janjapalooza terá apoio de estatais e “cachês simbólicos” devem somar R$ 900 mil
Deixe sua opinião