Antigo bistrô dentro do Parque Barigui, em Curitiba, a Casa Amarela está fechada há quase um ano e, desde então, quem passa pelo local encontra uma situação de completo abandono. Não por acaso, ele começou a se transformar em um mocó para uso de drogas e abrigo para moradores de rua — situação que revolta quem antes aproveitava o espaço que fica em um dos estacionamentos do parque, próximo ao Museu do Automóvel de Curitiba.
Veja fotos da situação da Casa Amarela
O bistrô era administrado pelo Instituto Pró-Cidadania (IPCC), mas a parceria com a prefeitura foi encerrada em junho de 2017 e, desde então, o prédio segue abandonado. Placas de madeira foram colocadas em portas e janelas, mas uma delas foi arrancada para dar acesso ao interior do prédio. Lá dentro, já era possível encontrar peças de roupa, latas de cerveja e muito lixo — indícios de que o espaço está sendo ocupado.
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Para Diek Silva Santana, que trabalha em um espaço de aluguel de bicicletas próximo à Casa Amarela, o entra e sai de pessoas é frequente por ali, principalmente ao anoitecer. “O espaço abandonado favorece esse tipo de coisa”, lamenta o rapaz. Para ele, contudo, o principal problema é a falta que a estrutura faz aos visitantes. “Tinha banheiro limpo, o pessoal circulava e podia fazer um lanche. Acho que o espaço deveria ser novamente ocupado”.
E ele não é o único a sentir falta da Casa Amarela. O bancário aposentado Álvaro Stasievski, de 57 anos, frequenta o Barigui todos os dias com a esposa e diz sentir falta justamente da sensação de segurança que a Casa Amarela oferecia para quem vai ao parque. “Sempre tinha clientes e funcionários por aqui. Agora não tem mais nada”, aponta.
Segundo a prefeitura, embora o bistrô fosse administrado pelo IPCC, a Casa Amarela pertence ao município e tem concessão do espaço gerenciada pela Urbs, que está desenvolvendo um projeto de reforma no local. Um edital de licitação para a ocupação do imóvel com um outro bistrô deve ser apresentado em breve para definir que vai executar o projeto. No entanto, ainda não há prazo para isso acontecer.
Já em relação à informação de que o espaço está sendo invadido e se transformando em mocó, a prefeitura informa que o prédio está vedado e que iria averiguar possíveis irregularidades.
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